ATA DA DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 28.03.1994.
Aos vinte e oito dias do mês de março do ano de mil novecentos e noventa e quatro reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Décima Sétima Sessão Ordinária da Segunda Sessão Legislativa Ordinária da Décima Primeira Legislatura. Às quatorze horas foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Divo do Canto, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, Jair Soares, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Wilton Araújo, João Bosco e Letícia Arruda. Constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fossem distribuídas em avulsos cópias das Atas da Décima Quinta e Décima Sexta Sessões Ordinárias, que foram aprovadas. À MESA foram encaminhados, pelo Vereador Milton Zuanazzi, 05 Pedidos de Providências. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs 141 e 151/94, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, 01/94, da Câmara Municipal de Carapicuíba/SP, 05/94, da Comissão de Educação e Cultura desta Casa, 08/94, da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, 30/94, do Conselho Regional de Administração de Rio Grande do Sul, s/nº do Deputado Aldo Rabelo; Requerimento, do Vereador Jair Soares, Presidente da Comissão Especial que trata do Processo nº 2837/93 - Requerimento nº 296/93, requerendo adiamento dos trabalhos; Convites: da Companhia Estadual de Energia Elétrica, para solenidade de abertura do Fórum de Debates sobre “Arborização Urbana e Redes Aéreas”, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, para inauguração da livraria que funcionará no Saguão do Centro Municipal de Cultura, no próximo dia seis de abril, da Secretaria Estadual de Educação, para a entrega de microônibus às escolas; Cartões do Arcebispo Dom Altamiro Rossato e do Deputado Federal Benício Tavares; Telegramas, dos Senadores Mauro Benevides e José Paulo Bisol, do Deputado Renan Kurtz. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 160/93, 11 e 15/94, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 04/94, o Projeto de Lei do Executivo nº 14/94 e o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 04/94; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 07 e 12/94 e o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 03/94, este discutido pelo Vereador Jocelin Azambuja. A seguir, constatada a existência de “quorum”, foi aprovado Requerimento verbal dos Vereadores Nereu D’Ávila e João Verle, solicitando alteração na ordem dos trabalhos, iniciando-se a ORDEM DO DIA, e solicitando a votação, em primeiro lugar, do Processo nº 1373/93. Também, o Senhor Presidente solicitou que, na medida do possível, seja evitado o uso do período de discussão de matéria, utilizando-se apenas o de encaminhamento e,mesmo este, num máximo de três Vereadores, num prazo de três minutos por Vereador. Após, com relação ao Projeto de Resolução nº 14/93, foram aprovados o Requerimento do Vereador Fernando Zachia, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 61, e os seguintes Requerimentos, solicitando a votação destacada das Emendas em questão: do Vereador Airto Ferronato, com relação às Emendas nºs 63 e 67; da Vereadora Clênia Maranhão, com relação à Emenda nº 28; da Vereadora Helena Bonumá, com relação às Emendas nºs 27 e 58; do Vereador Jocelin Azambuja, com relação às Emendas nºs 39, 40, 41 e 42; do Vereador José Gomes, com relação às Emendas nºs 15 e 21; do Vereador Lauro Hagemann, com relação à Emenda nº 33. Também, foi aprovado Requerimento do Vereador Giovani Gregol, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, no dia de hoje. Em continuidade, o Senhor Presidente registrou comunicado do Vereador Darci Campani, informando de sua impossibilidade de assumir a Vereança, e declarou empossado na Vereança o Suplente João Pirulito, informando que Sua Excelência passaria a integrar a Comissão de Economia e Defesa do Consumidor. Após, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 14/93,com ressalva das Emendas a ele apostas. Em continuidade, com relação ao Projeto de Resolução nº 14/93, foram efetuadas as votações a seguir especificadas. Foi aprovada a Emenda nº 14 e a Subemenda nº 01 a ela aposta. Foi rejeitada a Emenda nº 65,por doze Votos SIM contra vinte Votos NÃO, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores João Verle, Clóvis Ilgenfritz e Nereu D’Ávila, tendo votado Sim os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Verle, Lauro Hagemann, Pedro Américo Leal, José Gomes, João Pirulito e João Motta, votado Não os Vereadores Airto Ferronato, Clênia Maranhão, Divo do Canto, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, João Dib, Jocelin Azambuja, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Ruas, Isaac Ainhorn, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Letícia Arruda, Jair Soares e Wilton Araújo, e tendo sido, esta Emenda, submetida à votação nominal por solicitação do Vereador Clóvis Ilgenfritz. Foi rejeitada a Emenda nº 72, por quinze Votos SIM contra dezessete Votos NÃO, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Maria do Rosário, João Dib e João Motta, tendo votado Sim os Vereadores Divo do Canto, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Isaac Ainhorn, João Dib, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Wilton Araújo e Letícia Arruda, votado Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Motta, João Verle, José Gomes, Lauro Hagemann, João Pirulito e Luiz Negrinho, e tendo sido,esta Emenda, submetida à votação nominal por solicitação do Vereador Pedro Ruas. Foi rejeitada a Emenda nº 66, por onze Votos SIM contra dezenove Votos NÃO, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Maria do Rosário, Pedro Américo Leal e Henrique Fontana, tendo votado Sim os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Guilherme Barbosa,Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Motta, João Verle, Lauro Hagemann, João Pirulito e José Gomes, votado Não os Vereadores Airto Ferronato, Clênia Maranhão, Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Jair Soares, João Dib, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Wilton Araújo, Eliseu Santos, Isaac Ainhorn e Letícia Arruda, e tendo sido, esta Emenda, submetida à votação nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz. Foi aprovada a Emenda nº 58, considerando-se prejudicadas as Emendas nºs 09, 27, 28, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 44 e parte da Emenda nº 44, por vinte Votos SIM contra onze Votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Helena Bonumá, Antonio Hohlfeldt e Isaac Ainhorn, tendo votado Sim os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Décio Schauren, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Dib, João Motta, João Verle, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Clóvis Ilgenfritz e João Pirulito, votado Não os Vereadores Divo do Canto, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Isaac Ainhorn, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Wilton Araújo, Letícia Araújo e João Bosco, optado pela Abstenção os Vereadores Clênia Maranhão e Airto Ferronato e tendo sido, esta Emenda, submetida à votação nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz. Na ocasião, o Senhor Presidente respondeu Questões de Ordem dos Vereadores Jocelin Azambuja, Milton Zuanazzi, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Maria do Rosário e Helena Bonumá, acerca do encaminhamento à votação da Emenda nº 55, tendo em vista que a aprovação desta Emenda prejudicava as Emendas nºs 09, 27, 28, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 44 e parte da Emenda nº 44, informando que seria viabilizado o encaminhamento aos autores das Emendas prejudicadas. Face a essa decisão, os Vereadores Jocelin Azambuja e João Motta pronunciaram-se, encaminhando à votação, respectivamente, as Emendas nºs 44 e 09. A seguir, foi dada continuidade às votações referentes ao Projeto de Resolução nº 14/93. Foi aprovada a Emenda nº 44, em sua parte relativa ao Inciso IV - Comissão de Educação, Cultura e Esportes, não prejudicada pela aprovação da Emenda nº 58. Foi aprovada a Emenda nº 57. Foi rejeitada a Emenda nº 15, por quinze Votos SIM contra treze Votos NÃO, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores João Motta e Jair Soares, tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Jair Soares, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Wilton Araújo, João Bosco, João Dib e João Motta, votado Não os Vereadores Décio Schauren, Clóvis Ilgenfritz, Eloi Guimarães, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Verle, José Gomes, Lauro Hagemann, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Letícia Arruda e João Pirulito, e tendo sido, esta Emenda, submetida à votação nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz. Foi rejeitada a Emenda nº 21, por dez Votos SIM contra vinte Votos NÃO, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Milton Zuanazzi e Isaac Ainhorn, tendo votado Sim os Vereadores Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Jair Soares, João Dib, Luiz Negrinho, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, João Bosco e João Motta, votado Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Divo do Canto, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Mário Fraga, Pedro Américo Leal, Wilton Araújo e João Pirulito, e tendo sido, esta Emenda, submetida à votação nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz. Foi rejeitada a Emenda nº 16, considerando-se prejudicada a Subemenda nº 01 a ela aposta, por treze Votos SIM contra dezesseis Votos NÃO, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Lauro Hagemann, Nereu D’Ávila e Wilton Araújo, tendo votado Sim os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Fernando Zachia, Eliseu Santos, Geraldo de Matos Filho, Isaac Ainhorn, Jair Soares, João Dib, João Motta, Jocelin Azambuja, Luiz Negrinho, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila e João Bosco, votado Não os Vereadores Airto Ferronato, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Divo do Canto, Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, Helena Bonumá, João Verle, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Pedro Américo Leal, Wilton Araújo e João Pirulito, e tendo sido, esta Emenda, submetida à votaçaõ nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz. Foi rejeitada a Emenda nº 73, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Maria do Rosário e Clóvis Ilgenfritz, por quinze Votos SIM e doze Votos NÃO, submetida à votação nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz, tendo votado Sim os Vereadores Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Verle, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Pedro Américo Leal, Letícia Arruda, João Bosco, João Pirulito e Não os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Jair Soares, João Dib, Jocelin Azambuja, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Nereu D’Ávila e Wilton Araújo. Foi rejeitada a Emenda nº 52, encaminhada à votação pelos Vereadores Lauro Hagemann, João Dib e Antonio Hohlfeldt, submetida à Votação Nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz e obtendo nove Votos SIM e dezenove Votos NÃO, tendo votado Sim os Vereadores Isaac Ainhorn, Jair Soares, João Dib, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal, João Bosco, Fernando Zachia, João Motta, e Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eloi Guimarães, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Wilton Araújo, Letícia Arruda e João Pirulito. Foi aprovada a Emenda nº 07, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Lauro Hagemann, Guilherme Barbosa e Isaac Ainhorn, sendo submetida à Votação Nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz e obtendo dezoito Votos SIM e dez Votos Não, tendo votado Sim os Vereadores Décio Schauren, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Jair Soares, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Luiz Braz, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal, João Bosco, João Pirulito e Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clóvis Ilgenfritz, Isaac Ainhorn, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Wilton Araújo e Letícia Arruda. Foi aprovada a Emenda nº 06, considerando-se prejudicada a Emenda nº 41, após ter sido encaminhada a votação pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt e Pedro Américo Leal, tendo sido submetida à Votação Nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz e tendo recebido dezenove Votos SIM e onze Votos NÃO, tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eliseu Santos, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Luiz Braz, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal, João Pirulito e Não os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Eloi Guimarães, Isaac Ainhorn, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Wilton Araújo, Letícia Arruda, João Bosco. Foi rejeitada a Emenda nº 33, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Nereu D’Ávila e Lauro Hagemann, tendo sido submetida à Votação Nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz e obtendo doze Votos SIM e dezoito Votos NÃO, tendo votado Sim os Vereadores Eliseu Santos, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Motta, Jocelin Azambuja, José Gomes, Luiz Braz, Nereu D’Ávila, Pedro Américo Leal e Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eloi Guimarães, Guilherme Barbosa, Isaac Ainhorn, João Dib, João Verle, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Wilton Araújo, Letícia Arruda, João Bosco e João Pirulito. Foi rejeitada a Emenda nº 63, após ter sido encaminhada à votação pelo Vereador Airto Ferronato e submetida à Votação Nominal por este mesmo Vereador, obtendo quatorze Votos SIM e nove Votos NÃO, tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eloi Guimarães, Geraldo de Matos Filho, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Maria do Rosário, Pedro Américo Leal, Wilton Araújo, Letícia Arruda, João Bosco, Não os Vereadores Fernando Zachia, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Jair Soares, João Motta, José Gomes, Lauro Hagemann, Mário Fraga e João Pirulito. Foi rejeitada a Emenda nº 67 após ter sido encaminhada à Votação pelo Vereador Airto Ferronato. Foi rejeitada a Emenda nº 24, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt e Jair Soares e submetida à Votação Nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz, obtendo seis Votos SIM e dezenove Votos NÃO, tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Jair Soares, João Motta, Jocelin Azambuja e Não os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Verle, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Mário Fraga, Nereu D’Ávila, Wilton Araújo, Letícia Arruda, João Bosco e João Pirulito. Foi rejeitada a Emenda nº 30, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Lauro Hagemann, João Motta e Antonio Hohlfeldt e submetida à Votação nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz e obtendo seis Votos SIM e vinte Votos NÃO, tendo votado Sim os Vereadores Fernando Zachia, João Motta, Nereu D´Ávila, Pedro Ruas, Wilton Araújo e Letícia Arruda e Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eliseu Santos, Eloi Guimarães, Geraldo de Matos Filho, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Verle, Jocelin Azambuja, José Gomes, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, João Bosco e João Pirulito, considerando-se prejudicadas as Emendas nºs 18, 22, 23, 29, 34 e 31, esta parcialmente, sendo também prejudicadas as Subemendas nº 01 às Emendas nºs 23, 30 e 31. Na ocasião, o Vereador Antonio Hohlfeldt formulou Questão de Ordem atinente às Emendas aprovadas que eventualmente choquem-se com a Lei Orgânica do Município, questão esta que o Senhor Presidente disse que será analisada por ocasião da Redação Final do Projeto em questão. A seguir, foi rejeitada a Emenda nº 31 em sua parte não prejudicada pela aprovação da Emenda nº 30, após ter sido encaminhada à votação pelos Vereadores Nereu D’Ávila e Jocelin Azambuja e submetida à Votação Nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz e obtendo nove Votos SIM, quinze Votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, tendo Votado Sim os Vereadores João Motta, José Gomes, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Ruas, Wilton Araújo, João Bosco e Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Henrique Fontana, João Verle, Jocelin Azambuja, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Mário Fraga, João Pirulito, tendo optado pela Abstenção o Vereador Isaac Ainhorn. Foi rejeitada a Emenda nº 32, após ter sido encaminhada à votação pelo Vereador Lauro Hagemann, ficando prejudicada a Emenda nº 39 e tendo sido submetida à votação nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz e obtendo onze Votos SIM e quatorze Votos NÃO, tendo Votado Sim os Vereadores Fernando Zachia, João Motta, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Pedro Ruas, Wilton Araújo, Letícia Arruda, João Bosco e Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eloi Guimarães, Geraldo de Matos Filho, Isaac Ainhorn, João Verle, José Gomes, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Mário Fraga, João Pirulito. Foi rejeitada a Emenda nº 40 após ter sido encaminhada a votação pelo Vereador Jocelin Azambuja e submetida à votação nominal por solicitação do Vereador Luiz Braz, obtendo três Votos SIM, vinte Votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim os Vereadores Jocelin Azambuja, José Gomes, Nereu D’Ávila, Não os Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Eloi Guimarães, Fernando Zachia, Geraldo de Matos Filho, Isaac Ainhorn, João Motta, João Verle, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Pedro Ruas, Letícia Arruda, João Bosco, João Pirulito e tendo optado pela Abstenção o Vereador Luiz Negrinho. A seguir, foram votadas em bloco e aprovadas as Emendas de nºs 5, 46, 47, 37, 51, 48, 17, 53, 54, 59, 60, 01, 49, 62, 69, 43, 12, 55, 56, 11, 64 e 50, e as Subemendas nºs 01 às Emendas nºs 01, 06, 12 e 37. Foram votadas em bloco e rejeitadas as Emendas nºs 68, 45, 04, 35, 42, 25, 36, 20, 26, 70, 03, 71, 02, 19 e 08 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 04, todas com Parecer pela rejeição. Foi aprovada a Emenda nº 10. Ainda, durante a votação do Projeto de Resolução nº 14/93, foram deferidos pelo Senhor Presidente Requerimentos solicitando a retirada de destaques solicitados para a votação das Emendas em questão: do Vereador Antonio Hohlfeldt, com relação à Emenda nº 17, e do Vereador Lauro Hagemann, com relação às Emendas nºs 37 e 51. Também, foram aprovados Requerimentos do Vereador Milton Zuanazzi, solicitando o adiamento por uma Sessão da discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 127/93, e dos Vereadores Antonio Hohlfeldt e Divo do Canto, solicitando, respectivamente, Licença para Tratamento de Interesses Particulares, no dia vinte e nove do corrente, e Licença para Tratamento de Saúde, nos dias vinte e nove e trinta do corrente. Durante a Sessão, os trabalhos foram prorrogados, nos termos do artigo 145 do Regimento Interno, por proposta do Senhor Presidente, aprovada pela maioria dos presentes. Às dezenove horas e quarenta e nove minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária de amanhã, às quatorze horas e trinta minutos. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Luiz Braz e Wilton Araújo e secretariados pelos Vereadores Wilton Araújo e MIlton Zuanazzi. Do que eu, Wilton Araújo, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
(Obs.: A Ata digitada nos Anais é cópia fiel do documento original.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz
Braz): Passamos
à
2ª SESSÃO
PROC. 3109/93 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
160/93, do
Ver. Mário Fraga, que altera a Lei nº 2902, de 30 de dezembro de 1965, que cria
o Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB).
PROC. 0510/94 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 004/94, do Ver. Mário Fraga, que acrescenta parágrafo único ao artigo 19 da Lei
Complementar nº 195, de 30 de dezembro de 1988 (Sistema de participação do povo
no governo municipal.).
PROC. 0523/94 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
014/94, que
altera o inciso I e acrescenta inciso ao artigo 1º da Lei nº 6417, de 30 de
junho de 1989, que dispõe sobre o vale-refeição dos funcionários da
Administração Centralizada e dá outras providências.
PROC. 0525/94 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 004/94, que altera dispositivos da Lei Complementar nº 197, de 21 de março de
1989 e da Lei Complementar nº 308, de 28 de dezembro de 1993 e dá outras providências.
PROC. 0517/94 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
011/94, da
Ver.ª Maria do Rosário, que denomina Acesso Guto Pereira um logradouro público
localizado no Bairro Lajeado.
PROC. 0599/94 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 015/94, do Ver. Guilherme Barbosa, que altera a denominação
de dois logradouros públicos localizados no Bairro Agronomia.
3ª SESSÃO
PROC. 0440/94 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 07/94, do Ver. Henrique Fontana, que concede o título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Herbert José de Souza - Betinho.
PROC. 0486/94 - PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 003/94, do Ver. Jocelin Azambuja, que altera o artigo
166 da Lei Complementar nº 284, de 27 de outubro de 1992.
PROC. 0572/94 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO Nº 12/94, do Ver. João Bosco, que concede o título honorífico
de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Ademar Kehrwald.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Jocelin Azambuja está
com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, nós estamos utilizando esse período de Discussão Preliminar de
Pauta para discutir o Projeto de nossa autoria, de nº 0486, que prevê alteração
do artigo 166 da Lei Complementar 284, de vinte e sete de outubro de 1992, que
trata, justamente, da questão que foi a regulamentação do Código de Edificações
do nosso Município que envolve os postos de gasolina.
A legislação que hoje persiste prevê que estes postos de gasolina deverão ter suas bombas colocadas a 6m, dimensão exigida hoje, das válvulas do reservatório do alinhamento. O que ocorre é que a situação dos postos de gasolina hoje colocada, nós estivemos conversando com o pessoal do Sindicato dos Frentistas e outras áreas, é que se a legislação for implementada da forma que hoje a Secretaria Municipal de Obras e Viação vem fazendo em comunicado feito ao Sindicato dos donos de estabelecimentos de postos de gasolina, o que vai ocorrer é que ficará inviabilizada a maioria destes postos, cerca de 60% dos postos de gasolina em Porto Alegre estariam inviabilizados. Isso significa a perda de, no mínimo, um mil e duzentos empregos gerados de forma direta sem contar os de forma indireta que envolvem esses postos de gasolina. Então, são um mil e duzentas famílias que ficarão desassistidas. De outra parte, estes equipamentos dos postos de abastecimento colocados a uma distância de até 4m praticamente atendem à maior parte dos postos de gasolina. Alguns continuarão inviabilizados e acabarão tendo de ser fechados, mas, a uma distância de 4m, seria perfeitamente viável atingir a permanência da maior parte desses postos.
A legislação vigente buscou, evidentemente, os caracteres e aspectos
importantes que envolvem a segurança dos cidadãos e hoje temos vários aspectos
que estão sendo predominantes e determinados. Até já foi feita uma consulta
extra-oficial à Secretaria Municipal de Obras e Viação e eles vêem com muita
simpatia a solução que venha a ser dada pela Câmara de Vereadores de Porto
Alegre, porque a própria Secretaria também está consciente de que o fechamento
destes estabelecimentos em nada beneficiará esses trabalhadores todos que
acabarão perdendo este mercado de trabalho, envolvendo um grande número de
famílias, no mínimo mil e duzentas famílias.
Então, vejam, Srs. Vereadores, que essa mudança que estamos propondo das
colunas dos reservatórios de 6 para 4m busca apenas resolver um problema sério
no aspecto social. É por isso que pedimos a atenção especial dos Srs.
Vereadores a este Projeto e nas razões que apresentamos está consubstanciada a
questão relevante do aspecto social. Não vai aí a defesa dos interesses dos
donos dos postos, que também produzem e trabalham como todos, mas a preservação
desta situação que será inevitável se mantida a atual legislação de fazer com
que 60% dos postos de gasolina de Porto Alegre venham a fechar. Não podemos
conviver com isso. Portanto, temos que adequar a legislação também à realidade
de nossa Cidade, à realidade desses postos de gasolina. Por isso deixamos aqui
esse apelo aos Srs. Vereadores na observância, em caráter particular, deste
modificação que estamos fazendo na atual legislação e que irá permitir
manter-se esse grande número de postos de gasolina que, de outra forma,
estariam fechados. Anexamos, inclusive, correspondência do Sindicato da
categoria a respeito, no Processo, enviada pelo Presidente em exercício Adão
Oliveira da Silva, que fala sobre essa questão da inviabilização do
funcionamento de cerca de 60% dos postos, dos quatrocentos e cinqüenta
existentes, hoje, em Porto Alegre. Nós teríamos cerca de trezentos e cinqüenta
postos de gasolina fechando. O que seria lamentável para nossa Cidade,
especialmente no momento em que estamos vivendo uma falta de empregos muito
grande, e os frentistas absorvem uma mão-de-obra que é muito importante, pois
muitas vezes é uma mão-de-obra não muito qualificada, mas que ficará sem esta
oportunidade de emprego. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrado o período de
Pauta.
O SR. NEREU D’ÁVILA
(Requerimento): Requeiro que seja invertida a Ordem do Dia, passando o Grande
Expediente para a parte final dos trabalhos, para que possamos discutir e votar
o Regimento Interno, que estava combinado para hoje.
O SR. JOÃO VERLE
(Requerimento): Eu gostaria de fazer um adendo ao Requerimento do Ver. Nereu D’Ávila,
para que na Ordem do Dia haja uma inversão na votação dos projetos, para que o
Regimento fique na primeira parte. Justifico isso porque ainda quero falar com
o Ver. Milton Zuanazzi, em relação ao seu Projeto, pois tenho uma sugestão de
emenda, e, se houver a inversão, ainda poderemos votar hoje o projeto.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Sr. Presidente, eu havia
sugerido o adiamento, por duas Sessões, do Projeto do Ver. Milton Zuanazzi.
O SR. PRESIDENTE: O Projeto consta dos
avulsos, hoje, pois no adiamento por duas Sessões, sem que fosse nossa vontade,
ele acabou caindo exatamente no dia da votação do Regimento. V. Ex.ª quer pedir
mais um dia de adiamento?
O SR. NEREU D’ÁVILA: Gostaria, mas pedi sexta e
segunda, hoje deve estar incluído na transferência.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do
Ver. Nereu D’Ávila, com adendo do Ver. João Verle. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Havendo quórum, passamos à
PROC. 1373/93 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 14/93, da Mesa, que acrescenta
dispositivos na Resolução nº 1.178, de 16/07/92 (Regimento da Câmara Municipal
de Porto Alegre.). Com Emendas nºs 01 a 73; Subemenda nº 01 à Emenda nº 04;
Subemenda nº 01 à Emenda nº 01; Subemenda nº 01 à Emenda nº 06; Subemenda nº 01
à Emenda nº 12; Subemenda nº 01 à
Emenda nº 14; Subemenda nº 01 à Emenda nº 16; Subemenda nº 01 à Emenda nº 23;
Subemenda nº 01 à Emenda nº 30; Subemenda nº 01 à Emenda nº 31; Subemenda nº 01
à Emenda nº 37; e Subemenda nº 01 à Emenda nº 44.
Parecer
da Comissão Especial, Relator Ver. João Motta, conclusões:
- pela rejeição do Projeto
de Resolução nº 01/93 - Proc. 0282/93;
- pela aprovação dos artigos 1º, 2º, 3º, 4º, 6º (com a Emenda nº 53), 10 (com Emenda nº 61), e 11, do Projeto de Resolução nº 14/93 - Proc. 1373/93;
- pela rejeição dos artigos
5º, 7º, 8º e 9º, Projeto de Resolução 14/93 - Proc. 1373/93;
- pela rejeição das Emendas
nºs 02, 03, 04 (com a Subemenda nº 01), 08, 09, 18, 19, 20, 22, 25, 26, 27, 28,
29, 36, 39, 40, 41, 42 e 45, apostas ao Projeto de Resolução nº 14/93 - Proc.
1373/93;
da Comissão Especial, Relator Ver. João Motta, conclusões:
- pela
aprovação das Emendas nºs 01 (com a Subemenda nº 01), 05, 06, (com a Subemenda
nº 01), 07, 10, 11, 12 (com a Subemenda nº 01), 14 (com a Subemenda nº 01), 15,
16 (com a Subemenda nº 01), 17, 21, 23, 24, 30, 31 (com a Subemenda nº 01), 32,
33, 34, 35, 37 (com a Subemenda nº 01), 43, 44 (com a Subemenda nº 01), 46 e
47; e das Emendas nºs 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60 e 61;
- pela
aprovação das Subemendas nºs 01 à Emenda nº 01; 01 à Emenda nº 06; 01 à Emenda
nº 12; 01 à Emenda nº 14; 01 à Emenda nº 16; 01 à Emenda nº 31; 01 à Emenda nº
37; 01 à Emenda nº 44;
- pela
aprovação das Emendas nºs 62, 64 e 69 (esta última, prejudica a Emenda nº 35);
- pela
rejeição das Emendas nºs 63, 65, 66, 67, 68, 70, 71, 72 e 73, da Subemenda nº
01 à Emenda nº 23, e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 30.
Obs.:
- para
aprovação, voto favorável da maioria absoluta - art. 82, § 1º, II, da LOM;
- votação nos
termos dos artigos 125 e 126 do Regimento da Câmara Municipal;
- as Emendas
nºs 13 e 38 foram retiradas, nos termos do art. 106, I, do Regimento.
O SR. PRESIDENTE: Somente quero relembrar o
Plenário que havia sido feita uma solicitação aos Srs. Vereadores para que, na
medida do possível, não houvesse discussão neste Projeto, mas para que nós,
apenas, passássemos de passagem pela discussão e entrássemos apenas no processo
de votação, quando então, nos encaminhamentos, seria possível três
encaminhamentos, com três minutos para cada Vereador, sendo um contra, um a
favor e um do autor. Então, o que ficou tratado, ou pelo menos o que ficou mais
ou menos como um consenso entre as Lideranças com a Mesa, na última reunião
realizada.
A seguir a Mesa coloca em votação os seguintes Requerimentos: do Ver.
Fernando Záchia, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 61, e
solicitando a votação destacada das Emendas em questão: do Ver. Airto
Ferronato, com relação às Emendas nºs 63 e 67; da Ver.ª Clênia Maranhão, com
relação à Emenda nº 28; da Ver.ª Helena Bonumá, com relação às Emendas nºs 27 e
58; do Ver. Jocelin Azambuja, com relação às Emendas nºs 39, 40, 41 e 42; do
Ver. José Gomes, com relação às Emendas nºs 15 e 21; do Ver. Lauro Hagemann,
com relação à Emenda nº 33.
(Obs.: Foram aprovados os Requerimentos apregoados, conforme consta na
Ata.)
Em discussão. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que aprovam o Projeto de Resolução nº 14/93 permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO com ressalta das
Emendas e dos Destaques.
Votação. Vota-se a Emenda nº 14, com parecer pela aprovação. Aprovada,
vota-se a Subemenda nº 1 à Emenda 14, com parecer pela aprovação.
O SR. NEREU D’ÁVILA (Questão
de Ordem): Mesmo
aprovada vota-se a Subemenda?
O SR. PRESIDENTE: Aprovada, vota-se a
Subemenda nº 1 à Emenda 14. Se não for aprovada, cai toda ela.
Em votação a Emenda nº 14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA,
contra os votos dos Vereadores João Dib, Maria do Rosário e Antonio Hohlfeldt.
Em votação a Subemenda nº 1 à Emenda nº 14, com parecer, também, pela
aprovação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA, contra os votos
dos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Maria do Rosário e Airto Ferronato.
Assunto: Composição da Mesa. Vota-se a Emenda 65, do Ver. João Verle,
com parecer pela rejeição, destacada pelo Ver. José Gomes. Emenda 65, o “caput”
do art. 13 do Regimento Interno passa a ter a seguinte redação: (Lê a Emenda.)
O Parecer é pela rejeição. Pode ser encaminhado. Em votação.
O SR. JOÃO VERLE (Questão de
Ordem): Consulta
à Mesa. No caso da Emenda, é possível encaminhar o autor e depois um por
Bancada?
O SR. PRESIDENTE: Para encaminhar serão o
autor, um contra e um a favor. Não é um por Bancada, são três encaminhamentos
no total. Pode ser encaminhada.
O SR. JOÃO VERLE: Desejo encaminhar como
autor.
O SR. NEREU D’ÁVILA (Questão
de Ordem): Sr.
Presidente. No caso da Emenda destacada, quantos votos são necessários para sua
aprovação?
O SR. PRESIDENTE: Maioria absoluta, dezessete
votos para repô-la no texto. Há um entendimento em que o autor que pode
encaminhar é o autor do destaque e, depois, um Vereador contra e um a favor.
O SR. JOÃO VERLE (Questão de
Ordem): E
pode ser substituído?
O SR. PRESIDENTE: V. Ex.ª pode abrir mão do
encaminhamento, se assim desejar. Com a palavra o Ver. João Verle, para
encaminhar.
O SR. JOÃO VERLE: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, nossa preocupação quanto a essa Emenda visa à democratização da
Casa, ou seja, assegurar que da direção da Mesa - e também apresentamos uma
Emenda relacionada às Comissões - participem, não todos os partidos porque
temos mais partidos representados nesta Casa que o número de cargos na Mesa,
mas é de assegurar que a Mesa seja não apenas pluripartidária e que tenha uma
representação tanto quanto possível proporcional ao número de Vereadores de
cada Bancada. Então, neste caso, nós teríamos, na composição da Mesa,
representados os maiores partidos. Ou, se quisermos, teríamos um dispositivo
que impediria que os grandes partidos fossem alijados da Mesa.
Este mecanismo de proporcionalidade, que, aliás, não é nenhuma
novidade, existe no Congresso Nacional, está na Constituição Federal, da mesma
forma, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, consta expressamente na
Constituição Estadual, a proporcionalidade na composição da Mesa. Mas, se
alguém pensar que com esse mecanismo estaremos automaticamente alijando as
pequenas Bancadas, nós responderemos que não é assim, porque a Emenda fala em
representação pluripartidária, de proporcionalidade dos partidos ou dos blocos
parlamentares, ou seja, é perfeitamente possível formar blocos parlamentares,
juntando dois ou mais partidos e, com isso, assegurar que um representante, ou
mais de um até, de pequenos partidos, possa estar na Mesa.
Concluo dizendo que a preocupação da Emenda é para assegurar a não
exclusão dos grandes partidos ou blocos partidários da composição da Mesa, como
prevê o artigo 58 da Constituição Federal e o artigo 53 da Constituição do
Estado. É um forma desta Casa adaptar-se a estas normas, que entendemos
democráticas, que entendemos muito importantes para a transparência, a
democracia na gestão da Mesa e de toda a Casa Legislativa de Porto Alegre.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. AIRTO FERRONATO
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu não posso entender por que, se nós
estamos refazendo o Regimento Interno, um novo Regimento Interno para a Casa,
nós devemos votar tudo num dia, nesta extraordinária velocidade. Em segundo
lugar, eu também não entendi por que votar-se matéria de tanta relevância para
a própria vida da Cidade e por que se fez este tipo de acordo onde um fala
favorável, contrariando a maioria dos Vereadores que aqui se expressaram. Eu
não renuncio a minha responsabilidade como Vereador, quero discutir todos os
assuntos que por aqui passam.
O SR. PRESIDENTE: Ver. Airto Ferronato, isso
sempre aconteceu nos grandes Projetos votados aqui, nesta Casa. Foi um acordo
entre as Lideranças e a Mesa.
O SR. JOÃO DIB (Questão de
Ordem): Sr.
Presidente, a única coisa que eu não consigo entender é que, se nós votamos
artigo por artigo, não possa ser encaminhada a votação.
O SR. PRESIDENTE: Ver. João Dib, os artigos,
que merecem atenção dos Srs. Vereadores, e alguma dúvida, foram destacados.
Aqueles que, na verdade, não receberam nenhum destaque é porque ou os Srs.
Vereadores estão tranqüilos com relação ao seu voto contra, ou tranqüilos com
relação ao seu voto à favor. Os que geraram dúvidas foram destacados.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, respeitosamente, em aditamento à questão que levanta o
Ver. João Dib, é que entendo que, se há posições globais de rejeição ou aprovação,
nós teríamos que votar, então, esses artigos globalmente pela aprovação ou pela
rejeição. Efetivamente, se formos votar cada um em separado, independente do
destaque, V. Ex.ª me perdoe, mas entendo que aí cabe encaminhamento para cada
um deles. Salvo isto, nós votamos em bloco.
O SR. PRESIDENTE: É que estamos votando por
assunto, Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Mas isto não está previsto
no Regimento.
O SR. PRESIDENTE: Acontece que nunca votamos,
aqui, um Projeto tão intenso como este do Regimento. Então, fizemos um acordo
onde participam as Lideranças e a Mesa da Casa. Não adianta, se fazemos uma
reunião com as Lideranças, se tem um consenso a respeito do que se vai fazer no
Plenário, e chegamos no Plenário e queremos fazer tudo ao contrário. Então, não
há por que fazer reunião de Lideranças. Ou peço que as Lideranças compareçam às
reuniões para que possamos lá tirar uma posição que seja realmente cumprida,
aqui, em Plenário. Tomamos todas as providências, fizemos uma reunião com a
Mesa da Casa e com as Lideranças; foram comunicados previamente todos os
Líderes, foram chamados os Líderes em seus gabinetes. Aqueles que não
compareceram, eu acho que, chegando no Plenário, têm que se submeter àqueles que compareceram.
O SR. JOÃO DIB (Questão de
Ordem): Sr.
Presidente, não querendo dialogar com a Mesa, mas no meu entendimento, me
perdoe, não fiz destaque na primeira Emenda porque achei que era desnecessário,
então no meu entendimento, acho que deveríamos votar em bloco todas que foram
aprovadas pela aprovação ou pela rejeição.
O SR. PRESIDENTE: Concordo com V. Ex.ª.
Solicito à Diretoria Legislativa, e sei que vai complicar um pouquinho
a D.L., mas a Dr.ª Inês me pediu que começássemos por assunto, mas podemos
votar de outra forma.
O SR. JOÃO MOTTA (Questão de
Ordem): Sr.
Presidente, na verdade, não quero contestar o procedimento encaminhado pela
Mesa e pela Diretoria Legislativa, porque acho que está correto. Se passarmos
rapidamente por cada Emenda aprovada sem discussão, estamos na verdade,
acelerando. A Mesa somente fez assim, e a Diretoria Legislativa, votar em
separado as que já poderiam ser votadas num pacote, com parecer favorável, para
melhor compreensão do Plenário. Agora, se o Plenário não quer esta colher de
chá, que está esmiuçado, aqui, no documento, então, o Plenário que se
manifeste, dizendo que não quer e que pode ser votado em bloco. Agora, a
prudência da Mesa foi exatamente o contrário, sempre tem dois ou três
Vereadores que não estão sabendo o que está sendo votado em Plenário - falando
o português bem claro -. Então, a Mesa e a Diretoria Legislativa foram
prudentes ao fazer este tipo de encaminhamento, foi para tornar claro, já que
estamos votando o Regimento, a cada momento de votação, esclarecer o que
estamos votando precisamente. E, como não houve destaque, aquela matéria é
pacífica. Mas, para compreensão do Plenário, é melhor votarmos uma a uma. Isto
é óbvio. Agora, não estou entendendo o Ver. João Dib: se quer agilizar, se não
quer. Eu sou a favor. Por mim, o ideal seria votar tudo no pacote: aprovada ou
rejeitada, mas acho que isto dificulta a compreensão do Plenário: portanto, eu
quero sustentar que a gente continue a condução dos trabalhos, conforme o
previsto inicialmente.
O SR. PRESIDENTE: Eu quero pedir silêncio ao
Plenário para que nós possamos nos entender, e para que, as pessoas que querem,
consigam trabalhar.
O SR. LAURO HAGEMANN
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, Srs. Vereadores, este trabalho foi elaborado para
simplificar o processo de votação e para um entendimento mais preciso da Casa.
Um trabalho elogiável da Diretoria Legislativa, da Mesa, sendo traduzido neste
folheto, até com a ajuda do meu gabinete. As Emendas que têm parecer favorável
vão ser votadas em bloco, e aquelas com parecer pela rejeição vão ser votadas
em separado. O que estamos votando são os destaques, ou seja, aquelas Emendas
que merecem discussão. Está acontecendo, Ver. João Dib, que estamos na segunda
votação. Se V. Ex.ª olhar para a página sete, vai ver a Emenda número cinco, que
está aprovada e que não vai ser objeto de discussão.
O SR. PRESIDENTE: Ver. Lauro, eu me penitencio
à Questão de Ordem formulada pelo Ver. João Dib: a Mesa realmente cometeu um
equívoco. Uma Emenda que não estava destacada, a de número quatorze, que colocamos
como se destacada fosse. Estamos votando, em primeiro lugar, as Emendas
destacadas, para que elas possam ser encaminhadas.
Requerimento, de autoria do Ver. Giovani Gregol, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia 28 de março de 1994.
(Obs.: Foi aprovado o Requerimento de licença do Ver. Giovani Gregol, e dada posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)
O autor já encaminhou a Emenda nº 65. O Ver. Nereu D’Ávila está a palavra para encaminhar.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores.
Entendemos que a Emenda nº 65 ao Artigo nº 13 engloba ou tenta englobar algo
que não tem condições de ser aplicado na atual circunstância da nossa Câmara de
Vereadores. De que maneira seria feita essa proporcionalidade que inclusive se
quer aplicar nas Comissões? Seria feita com dez bancadas e até mesmo com
bancadas de um só Vereador? Há dificuldades na implantação de proporcionalidade
por diversos motivos: um deles é que poderia haver, por exemplo, a ditadura das
maiorias. Em segunda lugar, a proporcionalidade se escusa num argumento muito
forte que é aquele em que tem que haver um equilíbrio entre os Poderes
Legislativo e Executivo. Tem que haver, também, no bloco que quer ser
representante da maioria, uma certa afinidade. É claro que os partidos
políticos têm os seus programas, suas ideologias, mas tem que haver um programa
de ação, em relação ao qual se governará esse bloco, no caso, uma Mesa
pluripartidária, que vem sendo mantida pela tradição.
O artigo atual do Regimento não fala em proporcionalidade, nem em
pluripartidária. Ele só diz que será eleita por maioria absoluta em votação
nominal, cargo a cargo.
A Ver.ª Maria do Rosário, com a Emenda nº 72, pretende que haja um
critério de composição pluripartidária, que já vem sendo adotado na Casa ao
natural. Somente quem não vem, nos últimos anos, notando, é que pode discordar.
Na atual circunstância da Câmara, onde dois partidos têm nove Vereadores, se
esses dois se aliançassem - que aliás seriam partidos em situação em oposição,
já por aí o meu argumento de que a afinidade não estaria muito simbólica - eu
creio esses dois de nós fariam dezoito Vereadores em trinta e três. Poderia, aí
sim, haver uma ditadura das maiorias.
Para finalizar, eu cito que, no setor sindical, segundo me foi
relatado, essa proporcionalidade foi tentada, inclusive aqui no Rio Grande do
Sul, e foi um rotundo fracasso. Portanto, nós encaminhamos contrários a essa
Emenda. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Sr. Clovis Ilgenfritz está
com a palavra para encaminha a votação da Emenda nº 65.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Para nós, o Regimento é um
instrumento que deve ser duradouro e não casuístico. A Constituição
Federal - e os Vereadores que aqui
estão, de outros partidos, devem consultar os seus pares, na Constituição
Federal e Estadual, quem votou, tanto uma como outra -, o que está escrito aqui
no art. nº 58, da Constituição Federal... (Lê o artigo.) Mas, na Constituição
Estadual diz que compete exclusivamente à Assembléia Legislativa, além de
outras atribuições previstas na Constituição, o seguinte: Inciso nº XXXIII...
(Lê o inciso.)
Eu li na imprensa, há poucos dias, Ver. Nereu D’Ávila - Líder do PDT,
que encaminhou contra - que dois assuntos iriam polarizar essa discussão. Um
era a votação nas terças, quartas e quintas, em vez de segunda, quarta e sexta,
nas plenárias. O outro seria essa questão da democratização do parlamento, que
infelizmente, por uma situação casuística momentânea, por acomodação, alguns
setores, pelo que andei pesquisando, espero que possam mudar de idéia, estão
votando pelo seguimento do atual Regimento.
Cada vez que tiver eleição aqui, reúnem-se, fazem um conchavo,
distribuem cargos, favores, diretorias, FGs e estou dizendo isso porque quero
que saia na imprensa, para que não fique só aqui entre nós, também essas coisas
têm que sair na imprensa. Distribuem os cargos, se mancomunam no poder e
acabou-se a democracia do Legislativo.
Há um partido que há trinta anos vem dominando, neste modo de distribuir
favor. Então, não podemos concordar, absolutamente, não podemos concordar. E
dizer que no movimento sindical não está dando certo é uma informação errada,
até porque o Vereador possivelmente não tenha um informante muito
participativo. Por outro lado, Srs. Vereadores, dizer que é uma ditadura da
maioria, quando se fala em proporcionalidade de todos os partidos na medida do
possível, como se fez na Assembléia Legislativa do Estado, Ver. Zuanazzi, é
assim que se faz lá, é assim que se faz no Senado e na Câmara Federal. Na
próxima eleição mais um conchavo que vai durar um mês, a sociedade vai falar
mal da Câmara, como fala, e nós vamos ser vítimas de um processo de ditadura de
uma coisa escusa, que são esses conchavos que elegem Mesas aqui na Câmara.
Eu digo isso com toda segurança, e desafio alguém para me dizer que não
é verdade. Quero saber quem vai me provar que não houve um conchavo de
distribuição de cargos nessa Casa.
O Sr. Isaac Ainhorn: V. Ex.ª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Como houve em 1992.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Eu estou dizendo, sempre,
Ver. Isaac Ainhorn e, por isso, estou dizendo que, agora, também. Então,
provem-me o contrário. Quero que essa discussão vá para público. Vamos acabar
de mentir para o povo que essa Câmara é exemplar. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrados os
encaminhamentos. A votação será nominal, por solicitação do Ver. Clovis
Ilgenfritz. Em votação nominal. (Após a chamada.) REJEITADA a Emenda nº 65 ao PR nº 14/93 por 12 votos SIM e 20 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 72, de autoria da Ver.ª Maria do Rosário, destacada pela própria Ver.ª Maria do Rosário. Com a palavra a Ver.ª Maria do Rosário para encaminhar.
A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, nós discutimos uma matéria de extrema importância sobre a
organização da Casa, e esta Emenda nº 72 surgiu da reflexão e da necessidade de
escrevermos no nosso Regimento aquilo que é muito precioso na composição da
Mesa Diretora desta Casa que é o seu caráter pluripartidário, o seu caráter
mais próximo possível da composição da Casa e das diversas Bancadas.
Encaminhamos contrários, na Emenda nº 65, à idéia da proporcionalidade e
propusemos a idéia do pluripartidarismo, fundamentalmente porque a idéia proposta
pelos companheiros da Bancada do Partido dos Trabalhadores, de
proporcionalidade, se resumia, principalmente, a restringir a composição da
Mesa às bancadas majoritárias da Casa, e dificultar a participação da maior
parte das bancadas da Casa que são compostas por menor número de Vereadores.
Parece-me que é o mesmo movimento que se enxerga em outros Legislativos, no
qual as bancadas que conjunturalmente são majoritárias tentam estabelecer uma
reserva de mercado.
Ora, Srs. Vereadores, o que significaria nós termos a proporcionalidade
que derrotamos nesta Casa? Comprometeríamos, possivelmente, o caráter
pluripartidário da composição da Mesa. Portanto, ao defendermos o
pluripartidarismo na composição da Mesa de Casa, estamos defendendo uma Mesa
que seja plural, o mais próxima possível dos interesses e da composição que os
eleitores dão a esta Casa no momento do voto. E estamos defendendo o princípio
da qualificação da Mesa Diretora, que, independente do Vereador ser de uma
bancada menor ou maior dentro da Casa, ele é um Vereador eleito e, se tem
condições de participar da Mesa Diretora da Casa, qualificando a sua composição
- como é possível nas bancadas menores darem essa contribuição -, nada mais
justo que os Vereadores possam participar desse processo.
Nós temos aqui bancadas pequenas, é bem verdade, a maior parte das
bancadas da Casa, mas há figuras de expressão, como ex-prefeitos,
ex-governador, e pessoas que já foram ex-presidentes da Casa, como o Ver.
Antonio Hohlfeldt - da Bancada do PSDB -, e, portanto, o que defendemos é que a
qualidade, na presença nesta Casa, nos faz muito importantes.
Para concluir, Sr. Presidente, nós precisamos garantir esse aspecto
pluripartidário, garanti-lo com qualidade na representatividade e não
estabelecermos uma ditadura que seria de maiorias circunstanciais.
A outra questão que me parece relevante é a de que a proposta de poucos
parlamentares, defendida aqui, não é colocada nenhum aspecto do Regimento
Interno. Então, nesse sentido, e contrária aos movimentos que tentam restringir
- mesmo com a frasiologia democrática -, eu defendo, hoje, que a Mesa desta
Câmara seja pluripartidária, com a aprovação da Emenda da nº 72. Muito
obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Srs. Vereadores, peço que se
acalmem. É claro que os temas que temos aqui para discutir são polêmicos, vão
gerar discussão, mas peço que discutam da tribuna e não aqui no Plenário,
porque, se não, vai ser difícil concluirmos a votação hoje. A vida no Plenário
não pode ser um dialogando com outro que está ao seu lado. O Plenário não vive
assim.
O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 72.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Gostaria de ter discutido a primeira Emenda, mas a forma de ser
dirigida a votação eu não posso discutir, então eu pretendia não falar mais
coisa alguma, apenas ouvir, dizer sim ou não. Mas, depois de ouvir a
manifestação em relação à Emenda do Ver. João Verle, sou obrigado a dizer que a
votação da Emenda proposta pela Ver.ª Maria do Rosário é muito sensata. É
exatamente o que está ocorrendo nesta Mesa pluripartidária. E veja que eu digo
com a tranqüilidade de integrante de uma Bancada que não foi consultada para a
composição da Mesa, como não foi consultada a Bancada do PFL e algumas outras Bancadas
menores aqui da Casa, como não foi consultada a Bancada do PT, mas que tem o
Vice-Presidente, portanto, fazendo a composição pluripartidária.
Por isso, não vou aceitar que se diga que estamos mentindo na rua que
esta Câmara é uma Câmara correta, coerente e eficiente. Não vou aceitar. É por
isso que a Emenda proposta é sensata, até porque não temos blocos partidários,
não temos blocos parlamentares, um dia tentei isso e só tive o apoio do Ver.
Nereu D’Ávila na Legislatura passada, ninguém mais me apoiou. Então, não vamos
inventar o que não existe.
A Mesa tem seis cargos e nós temos dez partidos. Não tem como fazer a
composição proporcional de todos. Então, realmente, se compõem os grupos que
fizeram aí, nós que fomos aquinhoados com nada, e nem pretendíamos nada mesmo,
ficamos quietos, assistindo. Por isso que eu gostaria de ter discutido a
primeira Emenda. Era o único dia que uma bancada como o PFL, como o PPR poderia
chegar à Presidência por trinta, quarenta minutos, porque não precisava fazer
composição com nada e com ninguém. Por isso, que eu queria que se mantivesse a
formulação primeira. Não escondo, não tenho por que esconder, foi o único dia
em que eu consegui ser Presidente da Casa por trinta minutos, porque eu não
componho com ninguém, não aceito imposições de ninguém, então não vou ser nunca
Presidente. Não adianta ser o segundo mais votado, primeiro o Jair Soares,
depois eu, não adianta nada.
Agora, eu acho que a forma como foi feita a Mesa, ela tem representação
de todos os partidos, não tem o PPR, não tem o PC do B, não tem o PSDB, mas, de
qualquer forma, com seis cargos era o que dava para fazer.
Eu acho que a Emenda da Ver.ª Maria do Rosário é igual ao art. 3º,
apenas explicitando um pouquinho mais. Sempre que possível, nós vamos fazer na votação
nominal cargo a cargo, respeitando o critério de composição pluripartidária da
Mesa. Isso eu acho interessante, fica explicitado, está na Constituição
Estadual e Federal. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Para encaminhar contra a
Emenda, Ver. João Motta.
O SR. JOÃO MOTTA: Em primeiro lugar, gostaria
de colocar ao Plenário uma preliminar. Eu, até esse momento, Ver. Jair Soares,
membro da Comissão Especial do Regimento, estou acreditando que nós estamos
fazendo o Regimento do acordo da Mesa. Repito, Ver. Nereu D’Ávila, para todo
este Plenário escutar, porque se nós estivermos fazendo o Regimento do acordo
da Mesa, nós vamos aprovar a Emenda da Ver.ª Maria do Rosário que quer
institucionalizar esse tipo de composição que está em aberto aqui na Câmara.
A minha Bancada está derrotada nesta discussão. Agora, eu acho que aí,
sim, Ver.ª Maria do Rosário, seria um gesto antidemocrático o acordo de Mesa em
impor uma norma do Regimento para sinalizar o presente acordo. Isto sim seria a
antidemocracia.
Portanto, quero deixar bem claro aqui: confio ainda no Plenário, que
não vai legislar segundo os interesses de um acordo. Aprovar essa Emenda seria
institucionalizar, no Regimento, o acordo da Mesa; e esse Regimento deve ficar
acima dos partidos e das bancadas. Senão, não é um Regimento da instituição; é
um Regimento de um grupo de partidos políticos.
Falo agora especialmente aos companheiros do PC do B. Lamento que o PC
do B, que é um Partido de ponta na sustentação do movimento contra a revisão,
venha aqui sustentar contra uma posição que está contida na Constituição
Federal, que o PC do B quer arrebentar, que é o princípio da proporcionalidade,
Ver.ª Maria do Rosário. Está na Constituição que as Mesas do Congresso são
pluripartidárias e proporcionais. Lamento, é um exemplo despolitizado esse que
V. Ex.ª, Vereadora, dá no Plenário, ao sustentar, da forma como sustentou, esta
proposta!
Está nas mãos e na consciência deste Plenário, se quer um Regimento
subordinado a um grupo de bancadas ou se quer um Regimento da Instituição.
Por fim, é óbvio que é difícil incorporarmos todos os partidos num
acordo da Mesa. Agora, Ver. João Dib, usando a simbologia do futebol, vamos
colocar a bola no chão. Na Assembléia Legislativa existe a composição de blocos
partidários, sem problema algum. Aqui na Câmara há de se inaugurar também este
tipo de prática política; é um problema de vontade política. Este Plenário
está-se manifestando, mais uma vez, se quer ter vontade política de inaugurar a
política dos votos ou não. Lamento, pois parece que a maioria está tendendo a
não aceitar a composição de blocos partidários, porque Vereador nenhum -
conheço todos aqui - na época das negociações e dos acordos da Mesa, se nega a
discutir. Não vamos fazer uma hipocrisia nesta discussão. Todos os Vereadores
estão abertos sempre, porque é uma responsabilidade de cada Vereador e o
contrário seria omissão. Não acredito que este Plenário vá legislar subordinado
a esse tipo de visão política, seria uma derrota para o Regimento e uma derrota
para a Câmara Municipal de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrados os
encaminhamentos. A votação será nominal, por solicitação do Ver. Pedro Ruas. Em
votação nominal. (Após a chamada.) REJEITADA
a Emenda nº 72 ao PR nº 14/93 por 15
votos SIM e 17 votos NÃO.
Vamos para a folha nº 09. Vota-se a Emenda nº 66, com parecer pela rejeição, destacada pelos Vereadores José Gomes e Maria do Rosário. (Lê a Emenda.)
O SR. JAIR SOARES (Questão
de Ordem): Eu
creio que essa Emenda ficou prejudicada pela rejeição da Emenda da Ver.ª Maria
do Rosário.
O SR. PRESIDENTE: É que a Emenda da Ver.ª
Maria do Rosário era com relação à Mesa. Esta Emenda é com relação às Comissões
e fala sobre a proporcionalidade, tanto quanto possível, dos partidos políticos
nestas Comissões.
O SR. JAIR SOARES: Mas é um critério.
O SR.
PRESIDENTE: São
duas coisas distintas, Ver. Jair Soares, não existe prejuízo de uma Emenda ou
de outra. Os Vereadores poderão votar. A Ver.ª Maria do Rosário está com a
palavra para encaminhar, como autora do destaque, a Emenda nº 66.
A SRA. MARIA
DO ROSÁRIO: Sr.
presidente e Srs. Vereadores, eu peço a maior atenção para essa Emenda de nº
66. Essa Emenda foi que me fez entender qual era a intenção da Liderança do PT
quanto a Emenda anterior, da proporcionalidade da Mesa. A intenção é de
restringir a participação, eu não tenho dúvida disso, das pequenas bancadas
dentro da possibilidade de representação da Casa e de direção de seus espaços.
Ora, vejam, Srs. Vereadores, se nós tivéssemos aqui
a representação tanto quanto possível, como se fala, como é que nós vamos
legislar tanto quanto possível? Quem determina o quanto é possível? Que
critérios determinam o quanto é o possível? E isso é o que está previsto na
Emenda de nº 66, quanto à proporcionalidade na representação nos cargos de
Presidente e Vice-Presidente. Então, eu acho que essa Emenda trata vagamente a
questão, e deixa em aberto a possibilidade de restringir às pequenas bancadas e
aos Vereadores desta Cada e direção de Comissões, na sua Presidência e
Vice-Presidência, independente da qualificação.
Ora, Srs. Vereadores, o Ver. Eliseu Santos é
Presidente da Comissão de Saúde desta Casa. Eu presido a Comissão de Educação
desta Casa. A partir de toda uma discussão da área de educação da Casa, o Ver.
Jocelin Azambuja poderá vir a dirigir esta Comissão; a Ver.ª Clênia Maranhão a
Comissão dos Direitos de Consumidor e, possivelmente, dos Direitos Humanos. A
qualificação pessoal do Vereador para a condução de determinada área não pode
ser colocada fora dessa discussão. Nas Comissões Permanentes, que são comissões
temáticas, permanentemente vinculadas a temas desta Casa quer-se abolir isso e
se ter o caráter de maioria de bancada. Isso deixa de aproveitar ao máximo a
composição plural da Casa, as diferenças que existem entre nós, as diferentes
capacidades e aquilo que trazemos de nossas áreas de atividade.
É por isso, Ver. João Motta, que não concordo com a
sua linha de raciocínio, que é a mesma linha de raciocínio daqueles que, na
revisão constitucional, querem propor a reserva de mercado para as maiorias. De
qualquer forma, aceito o exemplar da Constituição, porque será mais um que
utilizarei para defender esta Constituição naquilo que ela tem de bom, mas não deixarei,
em nenhum momento, de questionar aquilo que tem de ruim. O Vereador sabe muito
bem que não sou favorável a modelos. Se o que se faz na Assembléia Legislativa
é bom para eles, muito bem, mas não quero copiar o Regimento da Assembléia
nesta Casa, Ver. João Motta, eu quero discutir o que é melhor para a Câmara de
Porto Alegre e, com essa Emenda, a Bancada do Partido dos Trabalhadores está
legislando sintonizada com o atual acordo, tentando impedir que Vereadores das
bancadas menores desta Casa sejam presidentes e vices-presidentes das Comissões
e garantindo para si, como maioria circunstancial, tudo o que pode garantir.
Portanto, Ver. João Motta, dispenso seus comentários
a respeito do meu Partido, mas aceito o exemplar da Constituição. Muito
obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. JOÃO
MOTTA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, só quero deixar registrado neste Plenário que não
defendo reserva de mercado na Constituição Federal
O SR.
PRESIDENTE: Pois
não, Vereador. Com a palavra, o Ver. Pedro Américo Leal para encaminhar a
Emenda nº 66.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Ex.mo Sr. Presidente. Srs. Vereadores.
Pressenti no pronunciamento de certo orador - não citarei seu nome - que a
qualificação do Vereador era algo de muito importante na Comissão ou na constituição
da Mesa. Aliás, foi por esta causa que lutei na Assembléia Legislativa, quando,
pela primeira vez, idealizei a Mesa pluripartidária, em pleno domínio da Arena.
E tive que responder pela iniciativa, por fidelidade partidária ao meu Partido,
a única vez em todo o Brasil. Acho que não podemos tergiversar. Não podemos
optar por uma composição de Comissão aleatória. Vou citar o nome do ilustre
Ver. Jair Soares da Comissão de Justiça. Ele é um homem testado, devidamente
instruído, conhecedor da área de saúde, mas por ser o único Vereador do seu
Partido, jamais poderá ser o Presidente da Comissão de Saúde. Que critério é
esse? Uma Casa política tem que raciocinar politicamente, mas tem também que
ser sensível. O povo diz, grita e repete: o homem certo no lugar certo! Só a
Casa que não faz isso? É a contradição do postulado: do homem certo no lugar
certo. Temos que deixar de olhar tanto para o número. Se um colega nosso tem
melhores condições de assumir a Presidência de uma Comissão, deve assumi-la.
Até para assumir a Presidência desta Câmara. O partido nos afoga, o partido nos
estrangula, ele exige que nós observemos o número de Vereadores, quando poderia
estar na Presidência um colega nosso que conduziria a Casa com melhores
condições.
Lembro-me bem que, quando integrei a Comissão de
Saúde, o ilustre Ver. Eliseu Santos convidou-me para Vice-Presidente dessa
Comissão. Na ocasião, ele me disse que eu era psicólogo com título de Doutorado
em Psicologia e, portanto, deveria ocupar o cargo de Vice-Presidente juntamente
com ele, que é médico. Achei que ele tinha razão. Não ganhei nada, nem usufrui
de coisa alguma, quando fui Vice-Presidente da Comissão de Saúde. Era uma
contribuição que eu poderia dar, com meu conhecimento e até com meus títulos.
Vamos jogar fora e vamos novamente para a aritmética partidária? Talvez por
isso é que os políticos no Brasil estejam na situação em que estão,
principalmente os do Planalto. Só cuidam e só pensam nas vantagens, nos números
e na possibilidade de chegarem na cadeira que desejam a qualquer preço.
Não estou dando lições a ninguém, porque não tenho
autoridade, e não cabe vir à tribuna para fazer isso. Apenas quero rejeitar
esse critério. Não me agrada. O que vale mais é a qualificação. Se tenho um
companheiro que tem mais condições do que eu, na Comissão, eu o aponto, seja de
que partido for, e já dei demonstração disso, várias vezes, votando com aqueles
com quem não comungo ideologicamente. O que vale é a idéia, vale a criatura,
vale a qualificação. Esta Casa só se engrandecerá se, face a valores, abrir mão
da aritmética partidária. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Eu
gostaria de registrar a presença do Ver. Iran Pereira Cachoeira, do PDT de
Esteio. Seja bem vindo à Casa.
O Ver. Henrique Fontana está com a palavra para
encaminhar a Emenda nº 66.
O SR. HENRIQUE
FONTANA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, acho que o tema da proporcionalidade, que é o
tema que nos apaixona, nesse momento da discussão, enfrenta uma polêmica
política que precisa ficar clara: qual é o objetivo da defesa da
proporcionalidade? Não é nenhum outro se não o de garantir, exatamente, a
representação das minorias e dos pequenos partidos. Porque na aritmética que o
Ver. Pedro Américo Leal, que me antecedeu, utilizou, na aritmética simples do
Plenário, podem-se juntar dois partidos e patrolar todas as minorias. Por
exemplo, no Congresso Nacional, hoje, uma aliança entre o PMDB e o PFL pode
deslocar do centro político da discussão brasileira todos os demais partidos.
Se o Regimento desta Câmara fosse levado para o Congresso Nacional, o PMDB e o
PFL poderiam administrar o Congresso Nacional sozinhos, retirando todas as
outras bancadas.
A preocupação da nobre Ver.ª Maria do Rosário é
justa. Ela se preocupa com que a garantia da eventual proporcionalidade pudesse
alijar um partido com um só centro, numa Casa com dois assentos. Mas esse não é
o objetivo. Agora, se por ventura a Emenda não especifica tão bem como
gostaríamos, que se aprove a proporcionalidade e que se acrescentem emendas que
garantam, efetivamente, a participação de todos, porque esse é o objetivo.
Eu concordo, em parte, com o argumento do Ver. Pedro
Américo Leal, de que a qualificação determina o aproveitamento das pessoas, mas
a voz das urnas também tem que determinar o aproveitamento das pessoas, dentro
de uma Casa Legislativa. Porque, caso contrário, nós podemos reunir duas
bancadas e deslocar 45% do eleitorado, da vontade, da cidadania, que pode ficar
fora da gestão da Casa, pode ficar sem acento para discutir, pode ficar sem
posição para levar as propostas políticas que ela defendeu durante uma campanha eleitoral. E este é o mérito e esta
é a busca com a proporcionalidade.
Então, fica efetivamente difícil para nós,
entendermos - nós, que estamos apoiando a proporcionalidade - porque alguém
poderia levantar por um momento: “Não, a Câmara de Vereadores pode dar uma
lição para a Assembléia Legislativa, para o Congresso Nacional.” Em algum
momento, até pode, mas eu tenho a convicção de que ela não está dando lição
nenhuma; ao contrário, ela está se mantendo no atraso da democracia. Porque ela
diz, sim, que eventualmente, numa suposição, numa negociação de bastidores,
pode-se reunir dois partidos e deslocar todo o resto da Casa. Todo o restante
do eleitorado pode ficar fora se não se submeter a algum tipo de negociação que
não lhe pareça correta. Mas, como nós chegamos nesta Casa com votos, com
representatividade, nós temos que ter garantido, no Regimento, direito a
exercer essa representatividade.
É por isso que o Partido dos Trabalhadores, junto
com outros partidos, defende a proporcionalidade. E quanto à preocupação da
nobre Ver.ª Maria do Rosário, eu sugeriria que se aprovasse a proporcionalidade
e se aperfeiçoasse, inclusive, garantindo a posição de partidos que têm um só Vereador,
porque o nosso objetivo é que todos falem; nós não temos nenhum interesse em
patrolar e retirar nenhuma posição política de dentro do Plenário; ao
contrário, a democracia é a participação de todos. Por isso somos pela
proporcionalidade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Encerrados
os encaminhamentos. A votação será nominal. Em votação nominal. (Após a
chamada.) REJEITADA a Emenda nº 66
ao PR nº 14/93 por 11 votos SIM e 19
votos NÃO.
Passamos à folha 15. Emenda destacada nº 58, de autoria da Comissão Especial.
Passamos aos encaminhamentos. A Ver.ª Helena Bonumá
é a autora do destaque.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA (Questão de Ordem): Para um esclarecimento, Sr. Presidente. Nós temos aí
uma proposição nossa, no sentido de que a Comissão de Direitos Humanos fosse
ligada à Comissão de Justiça. É uma proposta. A outra é esta de ser ligada à
Defesa do Consumidor. Então, como é que fica a questão da votação? Porque são
propostas diferentes e aí, no momento que votar uma - eu pedi destaque para a
44, que é minha - imediatamente passa a perder o sentido votarmos a outra.
O SR.
PRESIDENTE: V.
Ex.ª pediu o destaque da 44? Eu não tenho o destaque da 44. A 44 tem Parecer
pela aprovação, mas ela não foi votada ainda, ela vai ser votada posteriormente,
em bloco. Só que, na verdade, se nós aprovarmos alguma emenda destacada que
prejudique a Emenda que está pela aprovação, ela fica prejudicada. Por isso o
destaque tem que ser votado primeiro.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu me permito, para contribuir com a
Mesa e com o Ver. Jocelin, pelo que eu vejo aqui na folha 13, a Emenda 44 está
aprovada, mas também está aprovada a Subemenda, que na prática mata a proposta
do Ver. Jocelin. Ou seja, se nós seguirmos a Comissão nós não votamos nada no
Regimento. A discussão, portanto, retorna para, ou se fazer a Comissão de
Defesa do Consumidor e Direitos Humanos ou uma comissão específica, porque a
proposta do Ver. Jocelin, não sei quem fez a subemenda, a Comissão Especial, mas
na prática a Comissão Especial matou a Emenda do Ver. Jocelin Azambuja.
O SR.
PRESIDENTE: Ela
não mata completamente.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: No
que toca ao que estamos discutindo, que é a Comissão de Direitos Humanos, mata
esse pedaço.
O SR. MILTON
ZUANAZZI (Questão de Ordem): De colaboração, Presidente, a Subemenda nº 1 a
Emenda 44 não matou ainda a Emenda do Ver. Jocelin Azambuja, poderá vir a
matar, caso agora seja rejeitada a Emenda esta que estamos em discussão.
O SR.
PRESIDENTE: Até
porque a que nós estamos discutindo agora é a de nº 58, que está destacada.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO (Questão de Ordem): Eu pedi o destaque da Emenda 28, que também fica
prejudicada.
O SR.
PRESIDENTE: Quando
nós chegarmos na 28, aprovada a mesma, ficam prejudicadas as Emendas 9 e 44,
parcialmente.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT (Questão de Ordem): Se aprovada, a 58 já está prejudicada.
O SR.
PRESIDENTE: Exatamente,
se aprovada, a 58 já está prejudicada. A 58 tem parecer favorável, as outras
Emendas têm pareceres contrários, a 27 e a 28.
Atenção: estamos votando a Emenda 58.
A Ver.ª Helena Bonumá está com a palavra para
encaminhar.
A SRA. HELENA
BONUMÁ: Srs.
Vereadores, Sr.ªs Vereadoras. Nós estamos fazendo a discussão da
Emenda 58, porque nós nos manifestamos contrários. Eu sou contrária à Emenda
58. Nós apresentamos, nesse processo de discussão, uma outra Emenda que está na
página 19 do caderno, que é a Emenda 27, e dois motivos são os motivos centrais
pelos quais nós somos contrários a essa Emenda 58.
Em primeiro lugar, porque nós achamos que a atual
divisão de temas entre as seis Comissões Permanentes está adequada para o tipo
de trabalho que nós estamos realizando. Nós achamos, também, que as Comissões,
como por exemplo Constituição e Justiça, onde os direitos humanos estão dentro,
e Finanças e Orçamento, onde a Comissão propõe que passe às atribuições de
economia e desenvolvimento econômico, nós achamos que estas duas Comissões,
Constituição e Justiça e Finanças e Orçamento, já são sobrecarregadas que
chegue para conseguir desenvolver essas atribuições de direitos humanos a
contento e como se requer no atual momento em que estamos vivendo. Então, em
função disso, nós somos contrários a todas as proposições que visam a incluir
direitos humanos como um elemento secundário nas comissões que temos na Casa.
Por isso propusemos a criação de uma sétima comissão, que inclusive funcionaria
em horário complementar, na parte da manhã, possibilitando, a exemplo da
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, que os Vereadores possam
participar de duas comissões, e assim dando para a questão dos direitos humanos
a atenção necessária. Tratamento esse que atualmente a Câmara de Vereadores de
Porto Alegre não tem conseguido, deixando muito a desejar.
Em primeiro lugar, a democratização do País fez com
que a gente conquistasse uma lei dentro da Lei Orgânica do Município, bem como
nas Constituições Estadual e Federal, diversos direitos civis e de cidadania,
que não se tornaram, ainda, uma prática social. Achamos que o Legislativo da
Capital do Rio Grande do Sul deve trabalhar proposições, além de encaminhar
denúncias, também trabalhar a mudança de mentalidade da nossa sociedade fazendo
com que Porto Alegre dê um exemplo nesse sentido. Ora, Srs. Vereadores, isso
não conseguiremos incluindo a questão dos direitos humanos, restringindo-a a
uma Comissão de Constituição e Justiça ou a uma comissão que trabalhe outros
elementos, como por exemplo, a defesa do consumidor.
Esta Casa recentemente aprovou uma legislação que
diz implementar no Município a questão da defesa dos direitos do consumidor,
fazendo com que todas as leis que existem em nível federal sejam desenvolvidas
aqui. Sabemos que isso é muita atribuição e
que, na realidade, as comissões não darão conta do trabalho. Portanto,
achamos que as comissões já existentes devem procurar desenvolver e ampliar o
trabalho das atribuições que já têm e criar uma nova comissão para trabalhar a
questão dos direitos humanos como a atualidade requer. Era isso.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE:
Com a
palavra o Ver. Antonio Hohlfeldt para encaminhar a favor da emenda.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Queremos encaminhar favoravelmente a esta Emenda
nº 58, conseqüentemente contrário a todas as demais emendas que tratam da
matéria. Em primeiro lugar, porque no caso da Emenda da Ver.ª Helena Bonumá, a
Emenda é tão perfeita que acabou gerando um série de confusões. Se os
Vereadores lerem, a Emenda contém seis artigos. Toca no parágrafo único que nós
acabamos de votar e derrotar; em dois ou três dos outros artigos em questões
que ainda não decidimos como a do dia e horário de reunião das Comissões e que,
portanto, vai gerar novas discussões, inclusive problema de prejudicialidade,
extremamente perigoso. Vamos acabar votando, por contingência, matérias que
precisamos discutir com cuidado, separadamente.
Por fim, gera um problema muito grave, que é a
questão da composição dessas comissões. Sabidamente o Presidente da Casa não
integra a comissão, ficando com trinta e dois Vereadores. A Comissão de Justiça
e Redação possui sete Vereadores, portanto ficaríamos com sete Vereadores numa
primeira comissão, tendo nas demais um número menor. Na divisão que hoje nós
alcançamos, com as cinco Comissões remanescentes, conseguimos um número
correto, sem nenhum problema. Se criarmos uma nova comissão, não sei como a
Vereadora vai resolver para distribuir os Vereadores nas seis Comissões
remanescentes. Vamos ficar com 3,4 Vereadores por Comissão. Não há nenhuma
Emenda na proposta apresentada que resolva esta questão. Teremos sete na
Comissão de Justiça, o Presidente, e depois três Vereadores e pedaços de
Vereadores distribuídos pelas demais comissões. Realmente é impossível
aprovarmos esta Emenda, porque não está prevista a divisão dos remanescentes.
A Vereadora cuidou tanto dos detalhes, esquecendo o
essencial, que é exatamente a composição do número e da divisão e composição
desta Comissão.
Por outro lado, quando se elabora um Regimento
Interno, sabe-se que se aprende lições; nós já tivemos lições duas ou três
vezes nesta Casa, e essa lição foi especialmente importante quando da
elaboração do atual Regimento da Casa. Conseguimos chegar a um consenso, porque
cada tendência ideológica, cada partido abriu mão de algumas coisas, avançou em
outras, buscou uma composição, e acho que o Regimento que resultou foi bastante
bom e equilibrado.
Parece-me que pela primeira vez vamos conseguir
colaborar na Casa a questão dos Direitos Humanos com uma prerrogativa muito
especial de destaque, isso é um ponto, é um passo a frente. Já passarmos direto
a uma Comissão Especial que pode não dar certo, ou ter situações novas, parece
que é um pouco além do que seria ideal. Neste sentido, queremos encaminhar a
favor da Emenda 58, no sentido de que realmente combinada com o que já está
encaminhado com a Comissão Especial nós teríamos, então, a inclusão da questão
dos direitos humanos, não na Comissão de Justiça, mas na Comissão de Defesa do
Consumidor, isso faz uma unidade bastante interessante. Quem sabe na próxima
Legislatura, nós tenhamos a chance de optarmos por uma Comissão específica, mas
portanto, desde logo, por uma definição de quantos Vereadores estarão incluídos
em cada Comissão. Isso que é o essencial, não está colocado aí. É um erro de
técnica legislativa, mas é um erro mortal, em meu entendimento. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar contra. Essa Emenda,
aprovada, prejudica as Emendas 9, 27, 28 e 44, parcialmente.
O SR. ISAAC
AINHORN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Eu encaminho contra essa proposição, a partir da
própria condição de bacharel, de advogado. Conquanto a matéria de direitos
humanos é matéria jurídica e, via de conseqüência, à Comissão de Constituição e
Justiça deve vir o conhecimento desses assuntos. A prática tem demonstrado que
a Comissão de Justiça tem sido uma comissão de direitos humanos. Por exemplo, o
caso de discriminação racial que sofreu aquele estudante de História, na frente
do Banco Itaú. Essa lesão ao direito individual foi trazida ao âmbito da
Comissão de Justiça. Isso foi exaustivamente trabalhado no âmbito da Comissão
de Justiça. Questão de segurança e questão de direitos individuais tem sequer
sido levadas ao âmbito dessa Comissão. E funciona. Eu invoco, aqui, o
depoimento dos meus próprios companheiros da Comissão de Justiça, que todos os
casos a ela trazidos têm funcionado bem. Nós não podemos restringir.
A Comissão de Defesa do Consumidor, que trata do
consumo, e, especificamente, de matéria restrita ao Código de Defesa do
Consumidor, que está aí, permanentemente sendo desrespeitado, talvez até por
uma falta de divulgação dos trabalhos desta Comissão junto ao público. Talvez
esse fosse o melhor propósito da Câmara: divulgar que existe uma Comissão de
Defesa do Consumidor, na defesa do consumidor, para que aqui - Câmara de
Vereadores - para a Comissão de Defesa do Consumidor fossem canalizadas as representações e as lesões ao
direito do consumidor.
Os direitos humanos têm maior abrangência que
situá-los e restringi-los a uma área de natureza econômica. É óbvio que quando
se fere um direito econômico, também é uma espécie dos direitos humanos. Os
direitos humanos têm uma natureza muito mais abrangente. Imaginem, até fica mal
confundir uma Comissão de Defesa do Consumidor, tratando de um caso de tortura
dentro de um presídio, que veio ao conhecimento desta Casa. Não é porque não
sejam bacharéis, é porque é da natureza do trabalho da Comissão de Justiça o
exame dessas questões que têm natureza essencialmente jurídica.
A Comissão talvez esteja emperrada por outras
razões, mas não por sua competência. Talvez o caminho fosse a ampliação de mais
uma Comissão, mas aí seria ruim, porque estaríamos aumentando o número de
Comissões e não teríamos nem Vereadores para compor, como há pouco se disse,
esse conjunto de Comissões. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. MILTON
ZUANAZZI (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu pediria a atenção de V. Ex.ª e do
nosso colega porque esta Emenda prejudica outras.
O SR.
PRESIDENTE: Esta
Emenda prejudica as Emendas de nº 9, 27, 28 e 44 parcialmente.
O SR. MILTON
ZUANAZZI (Questão de Ordem): Perfeitamente. E só temos três pronunciamentos,
conforme o acordo, mas está prejudicando mais três ou quatro Emendas. Talvez o
debate não seja suficiente para esse esgotamento, a minha preocupação é essa.
Por exemplo, eu sou a favor da Emenda nº 28, que é do Ver. Gerson Almeida, que
surgiu dentro da nossa Comissão. Portanto, sou contra a proposição do Ver.
Isaac Ainhorn de que fique na Comissão de Constituição e Justiça. Nós queremos
transformar a Comissão de Economia e Defesa do Consumidor em Comissão de
Economia e Defesa do Cidadão. Agora, se não houver defesa disso, porque não há
espaço para essa defesa, já se encerrou o espaço de defesa, poderá não ficar
suficientemente esclarecido ao Plenário.
O SR.
PRESIDENTE: Nessa
sua tese, Ver. Milton Zuanazzi, todas as emendas vão ter de ser debatidas por
todo o Plenário.
O SR. MILTON
ZUANAZZI: Como
ela está prejudicando outras quatro, dentro do mesmo tema, nós poderíamos ter
uma manifestação a favor e contra.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT (Questão de Ordem): Sr. Presidente, quero lhe
pedir desculpas porque não compareci à reunião de Mesa, portanto não estou
querendo mudar regra nenhuma. Eu acho que o Ver. Milton Zuanazzi levanta uma
questão, eu pediria a sensibilidade de V. Ex.ª, que é a seguinte: quando há
prejudicialidade direta - foi por isso que a Ver.ª Helena Bonumá se inscreveu
para fazer a apresentação do seu destaque - outros Vereadores ficam envolvidas.
Como, depois, a emenda prejudicada não vai entrar no debate, porque ela estará
prejudicada, eu sugeriria, dentro da mesma linha de pensamento do Ver. Milton
Zuanazzi, que os Vereadores, autores das emendas, ou dos destaques, em relação
às demais emendas prejudicadas diretamente, tivessem a oportunidade de falar.
Eu acho que nós seríamos mais democráticos e não perderíamos tanto tempo, na
medida em que o tema é mais abrangente e têm variantes. Só nesse caso nós temos
quatro variantes possíveis de alternativas. Acho importante que haja uma ampla
discussão em torno do assunto.
O SR.
PRESIDENTE: Somente
os autores das emendas.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: Os
autores das emendas, ou dos destaques, é uma sugestão. Eu estou falando em tese,
não sei quantos envolveriam. Faria um apelo a V. Ex.ª para que se
abrisse um pouco mais a discussão.
O SR.
PRESIDENTE: Quem
são os autores das Emendas, 09, 27, 28 e 44? O Ver. Jocelin Azambuja, Emenda
44; o Ver. Gerson Almeida, Emenda 28.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO (Questão de Ordem): O autor da Emenda da 28 é o Ver. Gerson Almeida que
está licenciado. Eu sou a autora do destaque da Emenda e gostaria de ter a
possibilidade de discutir.
O SR.
PRESIDENTE: Nós
combinamos que apenas os autores de emendas, que são prejudicados diretamente,
discutiriam. Eu estou dando a sugestão de encaminhar assim, para que possamos
votar isso até a meia-noite de hoje, porque se nós começarmos a abrir os
encaminhamentos para todos aqueles que se sintam prejudicados, tantos os
autores de emendas, como os autores de destaques, nós não vamos conseguir dar
vencimento até a meia-noite de hoje. Eu acredito no seguinte: a sugestão do
Ver. Antonio Hohlfeldt de que aqueles que sintam prejudicados diretamente, ou
seja, os autores, possam fazer os seus encaminhamentos.
A SRA. MARIA
DO ROSÁRIO (Questão de Ordem): No caso da Emenda nº 28, não estando o autor e tendo
sido feito destaque, eu acho que quem fez o destaque se sente prejudicado. Eu
acho que deveria haver a possibilidade de fazer a defesa.
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra o Ver. Jocelin Azambuja, autor da Emenda nº 44.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, quando nós fizemos essa Emenda buscamos corrigir
aquilo que, na nossa maneira de ver, era uma falha do nosso Regimento, que
envolvia a Comissão de Educação e Cultura e que abrangia a questão do desporto,
que faz parte do texto das atribuições da Comissão, mas que não colocava no caput, ou nas definições da competência
da Comissão, o que ela atingia. Então, Comissão de Educação Cultura e Desporto.
Essa foi a nossa proposição. Na mesma linha de raciocínio nós fizemos uma
Emenda no que tange à Comissão de Justiça, porque a questão dos direitos
humanos está vinculada diretamente à questão de justiça. Não pode, na nossa
visão, estar em outra área que não seja a área da justiça. Por quê? Por uma
questão de avaliação lógica até do conhecimento da Comissão.
Vejam os Srs. Vereadores que, hoje, no nosso
Regimento diz o seguinte, inciso V, da Competência da Comissão de Constituição
e Justiça: (Lê.) Ora, se isso já está previsto dentro das atribuições da
Comissão de Justiça, se ela já exercita essa tarefa no seu dia-a-dia, por que
nós vamos inventar uma nova Comissão ou transferir essa competência, que está
clara na Comissão de Justiça, para outra comissão. Por isso, Srs. Vereadores,
que a nossa tese foi no sentido de simplesmente buscar a adequação daquilo que
está configurado, hoje, no Regimento Interno e que, por uma falha quando da
elaboração da antiga reforma, não foi incluído o termo “direitos humanos” ou,
no caso da Educação, o termo “desporto”.
Então, entendemos que não há como pensarmos em criar
uma Comissão Especial para os direitos humanos, porque já temos a Comissão de
Justiça, ou transferi-la para a Comissão de Defesa do Consumidor - que não tem
nada a ver com os direitos humanos -, pois não consigo encontrar nexo entre
defesa dos direitos do consumidor e direitos humanos. Na Comissão de Justiça, é
a mesma coisa que nós pensarmos em OAB, nós pensamos em defesa dos direitos
humanos, porque ali está consubstanciado o conhecimento e o entendimento da
questão. Para concluir, Sr. Presidente, a Comissão de Justiça tem
consubstanciado, no seu bojo, no seu dia-a-dia, justamente, o trabalho de
defesa dos direitos humanos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. João Motta está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 09, em razão da
votação da Emenda nº 58, que, se aprovada, torna a anterior prejudicada.
O SR. JOÃO
MOTTA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, eu encaminhei a Emenda nº 09, criando também a
Comissão de Direitos Humanos e Cidadania. A lógica da minha argumentação é,
praticamente, a mesma lógica da argumentação da Ver.ª Helena Bonumá. Nós
estamos convencidos da importância de o Legislativo Municipal incorporar a
problemática dos direitos humanos e da cidadania num espaço próprio para esse
fim.
A propósito, entretanto, eu gostaria de dizer que a
proposta que mais está polemizando, aqui no Plenário, levantada pelo Ver. Isaac
Ainhorn e pelo Ver. Jocelin Azambuja, na minha opinião é a mais equivocada.
Tanto é que ela é a menos usada nos Legislativos. Por que isso? Porque por mais
que eu possa fazer um exercício no discurso, o fato é que o centro, o
epicentro, das comissões de justiça sempre serão os aspectos legais e
constitucionais dos projetos. Vide o que acontece com a nossa Comissão, que tem
formalmente no Regimento toda a temática dos direitos humanos, mas que
funcionam 99% das suas reuniões em cima das problemáticas dos projetos, da questão
da legalidade, da constitucionalidade. Portanto, acho que seria um risco
juntarmos agora, lá na nossa Comissão, formalmente, institucionalmente, mais um
outro assunto que é um assunto que todos nós sabemos que tem muita demanda,
sim, na Cidade. Vide o que acontece na Comissão de Defesa do Consumidor e
Direitos Humanos na Assembléia Legislativa. É uma das comissões mais ativas,
exatamente por quê? Porque tem muita demanda.
Então, quero aqui fazer uma defesa, em primeiro
lugar, de que a nossa Comissão de Justiça e Redação permaneça como tal, porque
todos os processos, todos os projetos e todas as questões de ordem - eu ia fazer esse levantamento e acabei não
fazendo por uma questão de tempo -, todos passam pela Comissão de Justiça e
Redação. Então não há a menor necessidade de nós sobrecarregamos uma Comissão
que tem uma função fundamental, que é passar pelo crivo da constitucionalidade,
da legalidade, os projetos. Mesmo assim, sempre há polêmicas.
Esta proposta dos Ver. Jocelin é bem intencionada, ele
quer destacar a problemática dos direitos humanos. Agora, o fato é que nós não
vamos conseguir operar essa finalidade e esse objetivo, Ver.ª Clênia Maranhão,
introduzindo esse conteúdo lá na nossa Comissão, como está hoje e não é tratado
devidamente ainda por nós. Não significa nenhum menosprezo, nem desprezo à
nossa Comissão, porque o fato é que ela tem um outro tipo de epicentro, que é a
questão procedimental, legal, regimental e constitucional dos projetos. E já é
uma sobrecarga.
Portanto, concluo, Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
dizendo e sustentando, aqui, que nós, ou seja, o Plenário, tem que trabalhar em
cima de duas alternativas: ou trabalha em cima da alternativa que nós estamos
apresentando no parecer, que é a criação na Câmara da Comissão de Direitos
Humanos e Defesa do Consumidor, que é, na minha opinião a melhor alternativa;
ou então, cria uma Comissão de Direitos Humanos à parte, que é o que eu
propunha originalmente, e é o que Ver.ª Helena Bonumá está sustentando até este
momento.
Portanto, quero, aqui, registrar ao Plenário a minha
opinião. Em princípio estou decidido a votar na proposta que a Comissão está
apresentando, que é a de fazer uma modificação na distribuição dos temas.
Parece-me que essa proposta é a melhor para o momento. Mas continuo convencido
de que, em si, na discussão teórica e política, a melhor alternativa é
criarmos, de fato, a médio prazo, uma Comissão de Direitos Humanos específica
para essa finalidade aqui na Câmara, como já existe nos outros Legislativos.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. HELENA
BONUMÁ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, e Srs. Vereadores, vejo que, de fato, pelas questões
levantadas pelo Plenário em relação à Emenda nº 58, corremos o risco de ficar
sem direitos humanos em lugar nenhum, ou ficar pró-forma com os direitos
humanos como temos atualmente na Casa. Em função disso, mantenho,
evidentemente, a minha posição de que deveríamos criar uma comissão para tratar
dos direitos humanos. Retiro o meu destaque a favor da Emenda nº 27 e mantenho
a favor da Emenda nº 58, como foi formulado pela Comissão Especial.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO (Questão de Ordem): Todas as emendas apresentadas sobre essa questão das
Comissões tiveram a possibilidade de ser atendidas na tribuna. Então, na Mesa
não está tratando com justiça todas as Emendas, no momento em que uma delas não
tem essa possibilidade.
O SR.
PRESIDENTE:
Vereadora, houve um acordo feito numa reunião; nós abrimos ainda mais, além
daquele acordo, atendendo um pedido do Ver. Antonio Hohlfeldt para que os
autores das emendas pudessem encaminhar. V. Ex.ª já ouviu fartas explicações a
respeito desse assunto.
Em votação a Emenda nº 58. O Sr. 1º Secretário está
com a palavra para proceder à chamada dos Srs. Vereadores para votação nominal.
O SR. 1º
SECRETÁRIO: (Procede
à chamada.) Sr. Presidente, 20 Srs. Vereadores votaram SIM, 11 votaram NÃO e 02
abstiveram-se de votar.
O SR.
PRESIDENTE: APROVADA a Emenda nº 58. Srs. Vereadores, com a aprovação da Emenda nº 58 foram
prejudicadas as Emendas nºs 09, 27, 28 e parte da 44.
Em votação a parte da Emenda nº 44 que não está
prejudicada: Inciso IV. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam a Emenda nº 44
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
A Mesa esclarece que foi aprovada a parte não
prejudicada pela Emenda nº 58, portanto, o inciso IV - Comissão de Educação,
Cultura e Esportes.
A próxima
Emenda é a de nº 57. Em votação a Emenda nº 57. (Pausa.) Os Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
A Subemenda nº 1 à Emenda nº 44 também ficou
prejudicada.
Em votação a Emenda nº 37, de autoria da Ver.ª Maria
do Rosário, com destaque do Ver. Lauro Hagemann. O Vereador retira o destaque.
Esta Emenda é pela aprovação.
Em votação a Emenda nº 15, de autoria do Ver. Jair
Soares e destacada pelo Ver. José Gomes. O Ver. João Motta está com a palavra
para encaminhar.
O SR. JOÃO
MOTTA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, quando discutimos na Comissão essa Emenda, me
manifestei favorável.
Há dúvida, peço ao Ver. Jair Soares que faça a
defesa da sua Emenda, pois estou convencido de que a melhor forma de
equacionarmos essa questão seria deixarmos o Regimento tal como ele está. Nós
não estaremos criando um ponto de desequilíbrio que poderia de fato favorecer
muito uma visão que terá, como conseqüência, a retirada de tramitação daquele
Projeto que tem o parecer contrário na Comissão de Justiça. Na verdade, o
horizonte da sua Emenda é esse.
Portanto, eu deixaria a forma de nós procedermos
como ela está atualmente, ou seja, um Projeto que na nossa Comissão de Justiça
tenha um parecer rejeitado, ele possa continuar a sua tramitação. Conforme
previa o Regimento, se ele tiver um parecer favorável em uma outra Comissão,
ele poderá vir a Plenário. Acho que esse remédio regimental ainda é muito
contundente, para que se tire muitos projetos que poderiam ter mérito e vir à
discussão no Plenário, merecer uma apreciação do Pleno, dos trinta e três
Vereadores.
O meu encaminhamento não é no sentido de ir contra o
mérito ou o conteúdo da sua proposta, pois eu acho que está correto, porque
isso reduz muito o trabalho do próprio Plenário da Câmara, porque as Comissões
já teriam a função de ir limpando os projetos, ou melhor, de ir filtrando os
projetos sob o ponto de vista regimental. Entretanto, eu acho, refleti sobre o
assunto, a Bancada fez uma discussão hoje, e eu estou convencido de que,
talvez, ainda não fosse o momento de adotarmos esse procedimento aqui na nossa
Câmara.
Então, na verdade, estou fazendo um apelo para que a
gente tente, no debate, neste momento, deixar como está o Regimento Interno, ou
seja, fazendo com que muitas vezes um projeto que tenha parecer contrário na
Comissão de Justiça continue tramitando na outra Comissão e venha até o
Plenário. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra o Ver. Jair Soares para encaminhar a Emenda nº 15.
O SR. JAIR
SOARES: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, o Ver. João Motta avançou na sua exposição para a
Emenda de nº 21. Esta, sim, trata especificamente de matéria na Comissão de
Constituição e Justiça. A emenda de nº 15 trata de parecer de todas as
Comissões da Casa; favorável ou contrário. Aliás, neste Plenário, toda vez que
é votado um projeto, ao fazer o encaminhamento, o Presidente desta Casa diz
taxativamente: “Com parecer favorável da Comissão Tal; com parecer contrário da
Comissão Tal.” Então, vejam que a técnica legislativa nos aconselha que é
melhor quando se coloca o parecer favorável ou contrário. Essa emenda visa a
corrigir a forma, técnica da legislação aplicável ao Parlamento. Por isso sou
favorável a que se mantenha pela aprovação. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a Emenda nº 15. A votação será nominal. (Após a chamada.) REJEITADA por 15 votos SIM, 13 votos NÃO.
A próxima Emenda é a de número 21, de autoria do
Ver. Jair Soares. (Lê a Emenda.) O destaque foi feito pelo Ver. Antonio
Hohlfeldt, que está com a palavra.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. O motivo do
destaque que fiz a essa Emenda é muito simples. Ver. Jair Soares, minha
preocupação não é de cercear o Vereador que tenha, eventualmente, um parecer
contrário no processo e nem facilitar sua vida.
O que eu temo é que, com a redação tal como está
sendo dada, acabemos por votar duas vezes a mesma matéria, porque, na prática,
é isso o que acontecerá.
Tendo o Vereador parecer contrário da Comissão de
Justiça, ele irá, formalmente, apelar ao Plenário e este decidirá e o processo
continuará tramitando. Mais adiante, ele terá os outros pareceres das demais
Comissões e voltará ao Plenário para nova votação no global.
Enquanto, hoje, o que ocorre? Em havendo o parecer
contrário da Comissão de Justiça, o Vereador expressa sua discordância, ela é
incluída no processo e, imediatamente, o processo continua, mas não votamos. Depois,
o processo, devidamente instruído, volta ao Plenário. Então, minha preocupação
é essa. Não é nenhuma questão fundamental, nem radical, mas parece-me que,
nestas questões específicas, havendo pareceres contrários em que se deva votar
o apelo do Vereador, que teve o seu projeto negado, acabaremos votando essa
matéria duas vezes em Plenário. Isso é um pouco estranho dentro das técnicas
legislativas.
Quando fui Presidente da Casa, sempre fui bastante
radical nisso. Sempre, cumprindo o Regimento Interno, mandei arquivar o
processo. Tendo parecer contrário, mandava arquivar. Gostaria de valorizar ao
máximo a Comissão de Justiça sob pena de nós tirarmos a força desta Comissão. É
importante para que não corramos o risco de ficarmos aqui aprovando matérias que
não tenham embasamento legal. A redação atual é bastante flexível: O Vereador
contesta, essa contestação fica incluída no processo e os Vereadores, depois,
vão decidir automaticamente. Não tranca a tramitação e, também, não se corre
esse risco de dupla votação. A Casa sendo política, sabemos que, sempre, a
questão jurídica é examinada politicamente. Quando a Comissão de Justiça der um
parecer contrário, ela estará dando um parecer embasado juridicamente. Quando
houver o apelo e o Plenário decidir contrariamente, a decisão será política. Aí
as coisas se complicam. Esse é o motivo do meu destaque. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Milton Zuanazzi está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 21.
O SR. MILTON
ZUANAZZI: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, tenho uma visão diferente da visão do Ver.
Antonio Hohlfeldt, exatamente em cima dos argumentos que ele utilizou. Um
projeto de cunho inconstitucional, ao qual a Comissão de Constituição e Justiça
dá parecer contrário, deve vir ao Plenário cumprir com o trâmite político. Vai
estar deixando de acumular trabalho nas demais Comissões para depois, no final,
chegar aqui. Essa consulta ao Plenário, mesmo acarretando mais uma entrada na
Ordem do Dia, na verdade, vem agilizar o andamento dos trabalhos. É uma Emenda
que vem aperfeiçoar neste aspecto, porque há uma decisão política em cima de
uma matéria discutível do ponto de vista constitucional.
Tem ocorrido na Casa projetos polêmicos no aspecto
da constitucionalidade. E o que tem ocorrido? Acontece que os projetos vêm à
Casa e nós, em geral, vamo-nos inteirar, porque temos ali um parecer contrário
da Comissão de Constituição e Justiça. Vamo-nos inteirar do conteúdo, naquele
momento, para saber se aquilo pode ou não. Geralmente ainda vem uma medida
autorizativa, fazendo com que se tenha uma autorização do Executivo, ou seja,
não há uma decisão política na Casa em tramitar aquele Projeto. É melhor,
então, que o Plenário o encerre, para que não fique nesse vai-e-vem. É por isso
a nossa posição a favor, pois acho que a Emenda vem aperfeiçoar e agilizar os
trabalhos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 21.
O SR. ISAAC
AINHORN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, normalmente o que acontece é que grande parte dos
projetos que passam pela Comissão, levam parecer pela inconstitucionalidade. No
entanto, quando ele chega aqui no Plenário, muitas vezes se discute o mérito do
Projeto. Em discutindo o mérito do Projeto, o Vereador o aprova, e leva o
assunto ao Prefeito, que o sanciona ou não, e, quando sanciona, convalida.
Agora, se trouxermos o parecer para ser aprovado, antes do projeto, nós teremos
que discutir a questão formal do parecer, porque o parecer será discutido, e
terá que ter embasamento jurídico na sua discussão. Assim, teremos que dar
sustentação às questões das teses fundamentalmente jurídicas suscitadas pela
Comissão de Justiça, caso contrário será absurdo, pois vem o parecer e nós
dizemos que reconhecemos que o parecer está certo, mas nós vamos votar pelo
mérito, e dizer que quando se votar pelo mérito nós apenas vamos votar lá no
projeto. Aqui diz: “Será incluído na Ordem do Dia para discussão e votação,
ficando assegurada, ao autor da proposição, contestação, por escrito, que
acompanhará o processo. Aprovado o parecer da Comissão de Constituição e
Justiça pelo Plenário, a proposição será arquivada.” Aí é que vem: “O que
será objeto de deliberação, será o
parecer da Comissão de Constituição e Justiça, que virá aqui em caso de
inconstitucionalidade.” O que é muito comum. E, o que vai acontecer? O Plenário
vai ter que discutir e votar o parecer da Comissão de Constituição e Justiça
sob o aspecto jurídico, e sob o aspecto jurídico eu não tenho dúvida que a
Comissão de Constituição e Justiça tem se havido muito bem nas questões, porque
ela tem dado pela inconstitucionalidade.
Nos dias de hoje, eu acho que é o processo mais
lógico, mais racional: o Vereador junta a sua contestação, contesta o parecer
da Comissão de Constituição e Justiça e vem com um agravo nos autos do processo
ao Plenário. Chega no Plenário de forma racional, o Vereador até justifica:
“Reconheço o mérito do parecer jurídico da Comissão de Constituição e Justiça,
mas voto pelo conjunto do projeto por outras razões.” Na versão que se pretende
dar, vai ficar muito ruim, porque nós vamos rejeitar um parecer e vamos cometer
verdadeiras heresias aqui dentro; vai ficar muito mal para a Casa; nós vamos
contestar parecer da Comissão de Constituição e Justiça e vamos ficar mal.
Para situações jurídicas tranqüilas será dada a
inconstitucionalidade e nós vamos rejeitar o projeto. Então estaremos
examinando, no mérito, questão jurídica e rejeitando proposições da Comissão de
Constituição e Justiça. Por isso, a meu juízo, aprovar esse parágrafo 2º é
muito delicado. Sustento, portanto, a manutenção do que há hoje. Assim está
bem, porque a gente pode votar a questão no mérito e justificar plenamente.
Inclusive os Srs. Vereadores têm tido justificativa para os seus votos aqui na
Casa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Ver.
Antonio Hohlfeldt com a palavra.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: Uma
Questão de Ordem, Sr. Presidente. É o que o Ver. Isaac encaminhou na mesma
linha que eu. E não o contrário. Até acho que ele foi mais claro do que eu na
mesma posição.
O SR.
PRESIDENTE: É
que V. Ex.ª encaminhou como autor do destaque, e como autor do destaque pode
encaminhar contra ou a favor.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: Não
estou concordando com o Ver. Isaac para poder retirar a minha, para ficar
apenas a manifestação do Vereador. Mas eu não lembrei que encaminhei como autor
do destaque. Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a Emenda nº 21. A votação será nominal. (Após a chamada.) REJEITADA por 10 votos SIM e 20 votos NÃO.
Passamos à folha de nº 32. Emenda nº 16. Autoria do
Ver. Jair Soares. O parecer é pela aprovação. A Emenda foi destacada pelo Ver.
Lauro Hagemann, que encaminha neste momento.
O SR. LAURO
HAGEMANN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Eu continuo com a impressão que se está tentando
fazer um novo Regimento Interno no seu aspecto global e me parece que isso é um
problema um pouco delicado neste instante em que nós estamos vivendo a vida do
Legislativo Municipal. Já disse desta tribuna e na Comissão Especial que o
Regimento que está em vigor merece revisão. Há coisas que precisam ser
revistas, mas existem certas coisas que foram introduzidas nesta tentativa de
novo Regimento que me parecem profundas demais e vão criar complicações. Essa é
minha visão.
Eu respeito integralmente a posição de todos os
Vereadores e, neste caso aqui, eu acho que a questão do Substitutivo ainda está
melhor colocada nos termos em que ele se encontra hoje, porque o Ver. Jair
Soares, na intenção correta de especificar as variantes do Substitutivo, acabou
por introduzir modificações que vão complicar um pouco - são cinco parágrafos -
a vida do Substitutivo.
Chamo atenção só para um detalhe que pode ser
corrigido na Redação Final, no próprio art. 5º: “não havendo Emendas na Pauta
Suplementar”, acho que deve ser corrigida esta “Pauta Suplementar” por “Ordem
do Dia Suplementar”, porque ele já foi votado e a Pauta não é votação. Na
Subemenda pede a desapropriação. Mas estou pedindo que se mantenha o texto
atual do Regimento Interno e portanto a rejeição de toda a Emenda nº 16. Era só
isso, Srs. Vereadores. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra o Ver. Nereu D’Ávila, que encaminhará a favor da Emenda.
O SR. NEREU
D’ÁVILA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, existe na Casa um conceito de que o Substitutivo é
apenas um apenso do Projeto. Na verdade não é bem assim. Eu creio que a Emenda
do Ver. Jair Soares é bastante plausível, porque o Substitutivo é um projeto;
isso já diz no art. 91. E esta Casa já ampliou o Substitutivo na sua
individualidade quando a Comissão de Justiça reconheceu o Substitutivo em
quarenta e oito horas para publicação dos avulsos, o que já é alguma coisa
muito boa, porque senão ele entrava no escuro e era votado no escuro. E, às
vezes, o Substitutivo, como ele substitui, ele pode substituir, ser semelhante
ou até modificar totalmente o projeto, porque ele não tem compromisso de ser
igual ou semelhante.
Então eu creio que ele deveria passar pelo crivo da
Auditoria ou da Comissão de Justiça. Veja-se o caso da FESC, que nós votaremos
amanhã. Eu entendia que deveria ser melhor estudado o nosso Substitutivo,
porque ele aproveitou o que tem de melhor no Projeto e substituiu o restante
com acréscimos favoráveis aos funcionários, conforme amanhã será discutido
aqui. No entanto, se ele distribuísse para os Vereadores o Substitutivo, ele
passaria a ser estudado e chegaria ao Plenário. Então, o que o Ver. Jair Soares
quer? Ele acrescenta o parágrafo 2º, inclusive com uma providência muito boa,
porque esta Casa tem um medo, um receio, e já foi utilizado uma vez pelo Ver.
Lauro Hagemann, apenas me ficou gravado na memória, apenas protelatório, o
substitutivo, 1, 2, 3, 4, para protelar a matéria, também não é o objetivo da
Casa, nem o meu, nem o de V. Ex.ª.
Então, a Emenda do Vereador é boa porque ela diz, no
§ 2º - o § 1º é igual ao atual - o § 2º que acrescenta: “Aprovado o
substitutivo será incluído em pauta suplementar por uma Sessão Ordinária,
quando poderá receber Emendas. Não cabendo, entretanto, um novo substitutivo.”
Veda a indústria do Substitutivo, o que eu acho muito plausível; agora, abre a
porta para o estudo do substitutivo, que é muito importante porque às vezes o
substitutivo fica muito melhor do que o Projeto.
O § 3º: “Havendo emendas, serão elas encaminhadas às
comissões que terão cada uma três dias úteis para emitir parecer.” Isso é
lógico, é o aperfeiçoamento do projeto. E, o § 4º: “Que após ir às comissões,
os substitutivos e as emendas serão incluídos na Ordem do Dia para votação, tal
e tal..., não havendo emendas o substitutivo será considerado aprovado, tal...”
Então eu acho, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, que após um estudo que fiz da
matéria referente à FESC, fiquei convencido que se não tivesse, por exemplo, o
Parecer da Comissão de Justiça, que não está no Regimento, as quarenta e oito
horas, esta Casa entendia que não cabia nem quarenta horas, foi quando a
Comissão deu o parecer, que é jurisprudencial, então nós ficamos da seguinte
maneira: não apreciamos com a devida cautela o substitutivo que, às vezes, e na
maioria das casos, muda substancialmente o projeto e vem a Plenário sem o menor
estudo, sem ninguém ver, sem parecer, sem coisa nenhuma.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Questão
de Ordem com o Ver. Fernando Záchia.
O SR. FERNANDO
ZACHIA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, anteriormente, a Ver.ª Clênia Maranhão, do PMDB,
naquele momento, se achava no direito, como autora do destaque, de encaminhar e
V. Ex.ª cerceou o direito dela.
O SR.
PRESIDENTE: É
que não estávamos votando a Emenda que estava sendo destacada pela Ver.ª Maria
do Rosário. A Ver.ª Clênia Maranhão destacava a Emenda 27 e nós estávamos
votando a Emenda 58.
O SR. FERNANDO
ZÁCHIA: Que
prejudicava a 27.
O SR.
PRESIDENTE: Mas,
aí, é uma prejudicialidade que vamos votar depois. O que estamos concedendo é
para que o autor do destaque da Emenda possa encaminhar, não das
prejudicialidade; das prejudicialidades apenas o autor da Emenda é quem
encaminha, aliás, atendendo aqui a um pedido que foi feito por este Plenário,
mudando as regras, inclusive, daquilo que nós tínhamos já tratado naquela
reunião de Lideranças de que V. Ex.ª participou.
O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para
encaminhar a Emenda nº 16.
O SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, o respeito que eu tenho ao autor da Emenda, Ver. Jair Soares,
e ao meu Líder, Ver. Nereu D’Ávila, que acaba de defender a favor esta Emenda,
aumenta a responsabilidade que tenho, no momento, de defender contrariamente à
Emenda do Ver. Jair Soares.
E defendo contrariamente por causa do § 2º. O § 2º,
no meu entendimento, vai cercear o direito de idéias, de mais de uma idéia, de
mais de duas idéias conflitantes neste Plenário. Por quê? Apresentado o projeto
original, que tem um tipo de idéia, e apresentado um substitutivo, que tem
outro tipo de idéia, e por isso é substitutivo, e se eu tiver a terceira idéia
sobre esse mesmo tipo de assunto, estará cerceado, automaticamente, o meu
direito de apresentar um outro substitutivo, que não teria nada a ver com
nenhum dos outros dois.
É uma terceira idéia completamente diferente. É isso
já aconteceu aqui na Casa, por mais de uma vez. Então, é muito perigoso nós
termos esse dispositivo. É bem verdade, e falou o Ver. Nereu D’Ávila, e eu não
me recordo da caso citado, mas em outros casos, algumas vezes, raras vezes pode
este dispositivo servir para protelação da votação do projeto. Pode servir. Mas
não é em nome dessa exceção, da protelação de um outro projeto, de quando em
vez, é que vão cercear a nosso direito de legislar, em cima do mesmo assunto,
mais de duas idéias. Nós somos trinta e três, poderíamos ter trinta e três
idéias diferentes sobre o mesmo assunto! E vamo-nos cingir, nos amarrar,
engessar a uma só idéia substitutiva! Por quê? É muito perigoso. Eu entendo o
objetivo do Vereador, respeito em parte, mas lamento que este parágrafo 2º
inviabilize, no meu modo de ver, a aprovação da emenda como um todo. Podemos,
até me proporia, num futuro próximo, com os Vereadores interessados, darmos
mecanismos melhores ao substitutivo. Mas, sem tirar o nosso direito de livre
pensar, de livre apresentar nossas idéias. Era isso. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a Emenda nº 16. A votação será nominal. (Após a chamada.) REJEITADA a Emenda nº 16 por 13 votos SIM
e 16 votos NÃO.
Requerimento de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt,
que solicita Licença para Tratar de Assuntos Particulares, no dia 29 de março.
(Obs.: Foi aprovado o Requerimento de licença do
Ver. Antonio Hohlfeldt, conforme consta na Ata.)
Assume amanhã o Ver. José Valdir.
Folhas 34, Emenda de nº 73, de autoria da Ver.ª
Maria do Rosário. Destaque é da Ver.ª Maria do Rosário. Com a palavra, para
encaminhar, a Ver.ª Maria do Rosário.
A SRA. MARIA
DO ROSÁRIO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, esta Emenda me parece que contribui no sentido da
articulação conjunta de projetos por diferentes Vereadores. O sentido dela eu
acho que foi bem compreendido no relatório, e que o Relator considera o mérito
importante. No entanto, ele considera que o efeito regimental da Emenda já está
incorporado no atual Regimento pela possibilidade que têm os Vereadores de
subscreverem um projeto em apoio ao seu andamento, ao seu mérito. Eu não
considero que estas assinaturas, que seguem, configurem a co-autoria.
O que eu proponho a esta Casa é a possibilidade de
se estabelecerem projetos a partir da co-autoria, articulados por mais de um
Vereador, articulados de forma que Vereadores de áreas afins possam discutir
projetos, propor soluções para a Cidade. E projetos, portanto, nascidos dessa
reflexão de mais de um Vereador, co-autores do mesmo projeto, da mesma matéria,
já podem ser projetos com maior inserção social e mais representativos,
inclusive facilitando os trâmites nesta Casa. Eu acho que nós estaríamos
inovando, em matéria legislativa, é verdade, não conheço esta experiência, e
possibilitando que determinadas matérias e idéias, que são universais, que
contribuem enormemente com a Cidade, sejam apresentadas, não tendo uma autoria
individual, mas partindo da possibilidade de que diferentes Vereadores tenham a
mesma proposta, tenham uma mesma idéia sobre a Cidade e possam discutir,
somando.
Muitas vezes a idéia da autoria individual coloca,
nesta Casa, e eu tenho observado neste ano de trabalho, conjuntamente com os
colegas, a idéia da disputa pela autoria de determinada matéria de interesse da
Cidade. Com esta proposta, nós podemos legislar em cooperação, prevendo, para
além da autoria, a possibilidade de vários autores assinando, termos a
cooperação na avaliação, na análise e a possibilidade de melhor pensar na
Cidade que representamos e na qual nós legislamos. É por isso que eu proponho a
aprovação desta Emenda, que tem mérito. O mérito é possibilitar a co-autoria, para
que não exista mais aquela correria para autoria do projeto. O encaminhamento
coletivo pode dar um novo caráter para esta Casa, uma nova possibilidade de
trabalho conjunto entre diferentes Bancadas, entre diferentes Vereadores. Muito
obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Clovis Ilgenfritz está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 73.
O SR. CLOVIS
ILGENFRITZ: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, nesses quase cinco anos que estou na Câmara,
encontrei, por várias vezes, com o problema de disputar um projeto no Plenário,
com idéias praticamente iguais, e na hora de fazer, vem uma disputa. Poderíamos
nos reunir antes e fazer o Projeto. Se não chegássemos a um acordo tudo bem,
cada um faria o seu.
Um outro aspecto que a Vereadora não colocou, é que
a precedência na entrada de um projeto, ganha o espaço. Se eu deixar de
registrar num dia uma idéia minha, e alguém souber da mesma registrando-a, no
outro dia eu não poderia fazê-lo. Basta dar uma entrevista numa rádio dizendo
que vou fazer um tal projeto, porque é muito bom para a minha Cidade, um outro
Vereador ouvindo ou não, advertida ou inadvertidamente, vai lá e registra o
Projeto, sujeito a Emendas e Substitutivos, porque, às vezes, não tem tempo
para formulá-lo razoavelmente.
Achamos que a proposta é interessante. Não é a mesma
coisa que a assinatura que se faz, hoje, em adesão, em apoio, mas sim é uma
co-autoria, ele já vem, por aqueles que assinam, fechado como uma coisa já
resolvida. Em alguns casos vai diminuir a necessidade de debates, às vezes bem
maiores do que o necessário.
A proposição conjunta é, do meu ponto de vista,
democrática. É o que estamos querendo fazer deste Regimento. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a Emenda nº 73 ao PR nº 14/93. A votação será nominal. (Após a
chamada.) REJEITADA por 15 votos SIM e 12 votos NÃO.
Emenda nº 10, destacada pelo Ver. Antonio Hohlfeldt,
de autoria de diversos Vereadores. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA
contra o voto do Ver. Lauro Hagemann.
Emenda nº 31, de autoria da Comissão Especial. O
Ver. Lauro Hagemann solicita que seja retirado o destaque.
Emenda nº 52 - Comissão Especial - folha 39. O
parecer é pela aprovação. Foi destacada pelo Ver. Lauro Hagemann, que encaminha
como autor do Destaque.
O Ver. Antonio Hohlfeldt inscreve-se contra.
O SR. LAURO
HAGEMANN: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores. Pelas mesmas razões expostas da tribuna, na vez
anterior, eu quero dizer que preferiria que se mantivesse o texto atual, porque
ele é mais circunscrito na questão dos prazos.
Existem redações finais que podem ficar rolando por
várias Sessões, sem que haja um prejuízo maior. Mas, existem projetos, às vezes
de interesse da própria Casa, ou do Executivo, que precisam de um prazo mais
restrito, para terem a sua Redação Final aprovada.
Este art. 1º, da proposta de alteração, amplia até o
máximo de dez, para Sessões Ordinárias, e de seis, para Sessões Extraordinárias
consecutivas, o prazo de aprovação da Redação Final. No atual Regimento, esses
prazos são de cinco Sessões Ordinárias e de três Sessões Extraordinárias. Há
uma grande diferença entre esses prazos. No mais, a redação é mais ou menos
idêntica ao que hoje consta do Regimento. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra o Ver. João Dib, para encaminhar a Emenda de nº 52.
O SR. JOÃO
DIB: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, o dia, a noite de 27 de dezembro de 1991 e a
madrugada de 28 de dezembro de 1991 estão a dizer que deve ser aprovada a
Emenda. A Redação Final de um projeto aprovado aqui depois de amplos debates,
nunca foi aprovada a e lei foi editada. Se houvesse um pouco mais de respeito
na aprovação da Redação Final, aquele fato não teria ocorrido. O Presidente da
Casa encaminhou ao Prefeito Municipal, no dia 31 de dezembro, um documento
dizendo que a Redação Final não fora aprovada, mas como o Prefeito tinha os
seus representantes aqui, no dia 28 de dezembro, a Redação Final não aprovada
foi editada no Diário Oficial deixando um prejuízo grave para esta Cidade em
matéria de IPTU. Muito bem colocada a Emenda. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra o Ver. Antonio Hohlfeldt, encaminha contrariamente a Emenda nº 52.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, o Ver. João Dib acabou de me dar um motivo para
encaminhar contrário à Emenda, pelo mesmo fato mencionado quando - o Ver. Elói
Guimarães, na época, Presidente da Comissão de Justiça e Redação, vai lembrar
muito bem - o Presidente da Casa, que era eu na ocasião, não podia se negar a
cumprir qualquer coisa que a maioria absoluta deste Plenário decidisse. O
Presidente da Comissão de Justiça e Redação da Casa não podia se negar a
cumprir aquilo que o Plenário da Casa decidia e era o que ele queria fazer
naquela noite. Portanto, me parece que essa Emenda oficializa a tentativa de
procrastinação. Foi por isso e de comum acordo, eu, quando Presidente da Casa -
e o Ver. João Dib sempre me fará justiça porque eu sei que ele já o fez -, que
eu fui absolutamente liso na condição da Sessão aqui dentro, naquela noite,
independente da minha vinculação ao PT - e sei que ele é justo e não fará a
injustiça de dizer o contrário -, mas sabe o Ver. João Dib que o Ver. Elói
Guimarães na condição de Presidente foi também, absolutamente, responsável, em
tendo a maioria da Comissão de Justiça decidido o encaminhamento, independente
das demais assinaturas, fazê-lo e providenciá-lo. Por quê? Porque a Comissão
não podia ser mais forte do que o Plenário da Casa.
Então, é essa a questão, e corremos, naquela noite,
um risco que foi discutido muito, e nessa discussão política não tive a
oportunidade de expressar isso que estou expressando aqui hoje, com todo o
respeito a todos os companheiros da Casa. Houve uma disputa política, dura,
pesada, mas lisa. Eu e o Ver. Leão de Medeiros, naquela noite, conversávamos,
discutíamos esse mesmo problema. Mas eu tenho muita tranqüilidade em dizer que
houve, sim, um acerto na condução dos trabalhos da Mesa e da Comissão de
Justiça.
Então, acho que a Emenda, tal como se encontra
redigida, realmente oficializará a procrastinação, ou seja, dará poder para que
uma Comissão, no caso a Comissão de Justiça e Redação, mande mais sozinha do
que o Plenário inteiro, negando-se a cumprir alguma coisa, eventualmente. Coisa
que me parece que não cabe, e nenhum de nós quer que isso ocorra, em qualquer
situação. Naquela vez, por acaso envolvia a Administração Popular do
Companheiro Olívio Dutra, poderia envolver qualquer outra administração,
inclusive do Prefeito João Dib, na ocasião ou no futuro. É por isso que eu
encaminho, com absoluta clareza, contrário à Emenda. Acredito que correríamos
um risco de abrir uma porta não mais fechável, e seria muito ruim para a
Instituição. Nós, Vereadores, passamos, as nossas disputas políticas passam,
mas a Instituição Câmara tem que ser respeitada. Por isso o meu encaminhamento
contrário à Emenda. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a Emenda nº 52. A Votação será nominal. (Após a chamada.) REJEITADA a Emenda por 9 votos SIM e 19 votos NÃO.
Emenda nº 17, de autoria do Ver. Jair Soares. O Parecer é pela aprovação da Emenda, com pedido de destaque do Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: Retiro
o destaque.
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Antonio Hohlfeldt retira o destaque.
Emenda nº 07, de autoria do Ver. Pedro Américo Leal,
que acrescenta artigo ao PR nº 14/93. O Parecer é pela aprovação. A Emenda foi
destacada pelo Ver. Lauro Hagemann, que está com a palavra para encaminhar.
O SR. LAURO
HAGEMANN: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, com todo respeito ao Ver. Pedro Américo Leal, que
teve a melhor das intenções ao tentar reduzir o número de minutos à disposição
de Casa Vereador para discussão da Pauta, e creio que acrescentou em outros
espaços da Casa, acho que a Pauta é um momento privilegiado para a discussão de projetos que entram na Casa.
Às vezes, eles são discutidos preferencialmente às discussões no Plenário na
hora da votação, porque o nome já diz tudo: Discussão Preliminar de Pauta.
Deixo a critério da Casa, mas gostaria que se mantivesse o atual dispositivo
regimental, que é o tempo de oito minutos para os mesmos cinco oradores. Essa é
a única ponderação que me permito fazer aos Vereadores. No mais, cada um votará
segundo a sua consciência. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para encaminhar a Emenda nº 07.
O SR.
GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Respeitando, também, a longa tradição
do Ver. Lauro Hagemann nesta Casa, quero dizer que, durante o ano de 1993 e já
agora em 94, não tenho visto nenhuma discussão mais profunda no período de
Discussão Preliminar. De fato, esse período termina existindo como apresentação,
pelo autor, do seu projeto. Então, eu reconheço na Emenda do Ver. Pedro Américo
Leal qualidade, porque cinco minutos são absolutamente insuficientes com esse
caráter e não prejudica, posteriormente, a discussão mais aprofunda que se dará
nas Comissões e, posteriormente, na Ordem do Dia. Portanto, encaminho pela
defesa da Emenda do Ver. Pedro Américo Leal. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar contrário à Emenda nº 07.
O SR. ISAAC
AINHORN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, eu entrei nesta Casa há dezoito anos, no dia 01
de janeiro de 1976, e não tenho, evidentemente, a experiência, a bagagem que
têm os Vereadores Lauro Hagemann e João Dib em termos de tempo. Embora o Ver.
João Dib tenha sobre o Ver. Lauro Hagemann o privilégio de ter mais tempo, quer
dizer, contando-se os tempos. Eu tenho que reconhecer que o Ver. João Dib é um
Vereador bom de voto.
Gostaria de colocar uma questão, pois do jeito que
vai, nós não vamos mais discutir as matérias dos projetos. Aliás, existia um
Vereador desta Casa que dizia: “Bom mesmo é a gente só votar os Projetos, nem
discutir, nós já sabemos o que vai acontecer. A gente já tem sobre cada Projeto
uma visão, vamos direto para a votação.” É esse o espírito que está
predominando nessas alterações. Vejam V. Ex.ªs que esta Casa, na
década de 60, e o Ver. Dib já era Vereador, ela debatia Projetos horas a fio.
Hoje, nós queremos reduzir os tempos. Vejam V. Ex.ªs que o Período
de Discussão Preliminar de Pauta é o período apropriado para discussão do
projeto, tão apropriado que é aquele que permite entre os colegas Vereadores
aparte.
Como diz o Ver. Elói Guimarães, e de uma certa
maneira ele tem razão: “É, eu acho que o Período de Discussão Preliminar de
Pauta está em desuso.” Daqui a alguns dias o Grande Expediente também estará em
desuso, e nós estaremos, Ver. Braz, nesse caminho, colocando em desuso o
próprio sentido do Poder Legislativo, que é o debate e a discussão dos
Projetos.
Nós também estamos querendo reduzir o Grande
Expediente, de dez para cinco minutos. Daqui a pouco, será um Legislativo mudo,
que não terá tempo para falar. Ver. Eliseu Santos, eu sei que muitas vezes é
possível se discutir um Projeto rapidamente, de forma concisa.
Já encerro, Sr. Presidente, fui sistematicamente
interrompido, o que me levou a quebrar um pouco o desenvolvimento do meu
raciocínio. O próprio Ver. Elói, naquilo que é apologia do não falar, escreve:
“Quem não diz em cinco minutos não dirá jamais.” Ora, Vereador, V. Ex.ª que
poderia brilhar no Senado Federal com seus pronunciamentos que enriquecem esta
Casa; se não fosse a letra de V. Ex.ª e ter V. Ex.ª me alcançado o recado, eu
não acreditaria que teria sido V. Ex.ª o autor dessa frase. Portanto, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, há que se manter, no mínimo, os oito minutos para
que se possa discutir, porque depois acontece que não se discutem os Projetos,
não se debatem. E os registros da imprensa para fazer notícia dos fatos
ocorridos aqui, dos debates desta Casa? Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Encerrados
os encaminhamentos. Em votação a Emenda nº 7. A votação será nominal. (Após a
chamada.) APROVADA por 18 votos SIM e 10 votos NÃO.
Requerimento, de autoria do Ver. Divo do Canto, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, nos dias 29 e 30 do corrente mês.
(Obs.: Foi aprovado o Requerimento de licença do
Ver. Divo do Canto, conforme consta na Ata.)
A Mesa declara empossado o Suplente Edi Morelli em
substituição ao Ver. Divo do Canto, nos termos regimentais.
Emenda nº 06. Em votação. Para encaminhar, o Ver.
Antonio Hohlfeldt está com a palavra.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, pedi o destaque desta Emenda, independente do
fato de que em conseqüência da surpreendente aprovação, com os votos do PT da
Emenda nº 07, nós vamos ter um aumento do número de Vereadores falando. Então,
de uma certa maneira, a situação não é tão grave. Mas me surpreende que o PT
tenha votado a Emenda nº 07, porque sempre ouvi, dentro do Partido dos
Trabalhadores, que democracia se faz com calma, com paciência; e ouvi ainda há
pouco um argumento do Ver. Pedro Américo Leal de que tem que ter agilidade.
Depois, vota mal e cai nas armadilhas. Aliás, o Governo precisa de mais tempo
para negociar. não entendi esse voto dos companheiros do PT. Não vou ficar aqui
fazendo policiamento, nem nada, mas eu sempre ouvi dizer que esta Casa era
muito importante para a democracia.
Eu vou repetir o que disse o Ver. Isaac Ainhorn, que
estamos reduzindo cada vez mais os tempos de discussão das coisas. Diz o Ver.
Pedro Américo Leal que é para agilizar. Não, Vereador. Não é isso que estamos
querendo fazer, porque, para quem não gosta de debate, quanto menos conversa,
melhor. Sr. Presidente, eu gostaria de ter o meu tempo garantido.
O SR.
PRESIDENTE: Ver.
Antonio Hohlfeldt, o tempo de V. Ex.ª está garantido. O Ver. Pedro Américo Leal
solicita que a palavra “besteira” seja retirada dos anais. Consulto V. Ex.ª se
pode retirar a palavra “besteira”.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: Vereador,
eu quis dizer “besteira” e mantenho. Se a Presidência retirar, eu respeito a
decisão da Presidência.
O SR.
PRESIDENTE: Com
a vênia de V. Ex.ª, eu solicito que a Taquigrafia retire a palavra “besteira”.
Devolvo o tempo a V. Ex.ª, Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Srs. Vereadores,
o que não quero é que aprovemos essas coisas que designei com a palavra que foi
retirada. O que não quero é que continuemos fazendo essas coisas cuja palavra
foi retirada. O que não quero é que retornemos, exatamente, a sermos proibidos
de discutir essas coisas, quais sejam a palavra que foi retirada. É exatamente
isso: ter medo de palavra. É o que eu não quero que ocorra nesta Casa. Tem-se
medo de palavras.
A nossa
discussão básica desta Casa, Srs. Vereadores, é a palavra. Essa é a nossa
força, é o argumento, é o debate do dia-a-dia. O que eu quero, Srs. Vereadores,
é chamar a atenção de V. Ex.ªs porque, se nós mesmos reduzirmos o
nosso tempo de expressão, estaremos diminuindo exatamente aquilo que é
fundamental para nós. Nós somos pagos pela população de Porto Alegre para
termos e despendermos todo o tempo possível desta Casa, o máximo possível. Os
Vereadores mais antigos, certamente o Ver. Pedro Américo Leal como Deputado já
varou madrugada votando projeto na Assembléia. Eu não acho que ter discutido à
exaustão tenha prejudicado, mesmo quando a gente tem que agüentar, Ver. Pedro
Américo Leal, aquelas repetições tradicionais do eventual político que vai
ocupar a tribuna só para aparecer, porque tem platéia; isso é um ônus da
democracia; agora, eu prefiro pagar este ônus, Vereador, do que ter o outro
mais perigoso que é de interditar a palavra.
Então, por isso eu pedi este destaque; me preocupo,
nós estamos cassando a palavra de nós mesmos, porque este tempo que nós estamos
diminuindo são exatamente os tempos onde não podemos fazer apartes. Eu queria
discutir isso com o Ver. Pedro Américo Leal e não posso porque eu estou aqui
falando, ele deve me ouvir, depois ele vai falar e eu vou ter de ouvi-lo.
Agora, nós dois não podemos discutir e isso que eu acho que é bom, Ver. Pedro
Américo Leal, porque eu poderia discutir com V. Ex.ª; são os tempos do aparte
que nós estamos diminuindo; é isso que eu me preocupo e por isso nós
encaminhamos contrário, no caso, a essa Emenda e apelamos aos Vereadores do PT
que repensem essas questões. Eu acho que nós estamos abrindo espaços nossos,
tipicamente legislativos; abrindo mão desses espaços para a agilidade, uma
agilidade, quem sabe lá vai modificar muito o Executivo, seja ele qual for.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra para encaminhar a favor nº 06.
O SR. PEDRO
AMÉRICO LEAL: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, se há indivíduo que não tem receio o uso da
palavra sou eu. Pelo contrário, eu acho que a palavra não é só uma imagem, é
também magnetismo, aquilo que faz com que você consiga fazer com que o
auditório acompanhe as suas idéias e conclua aquilo que você, às vezes,
inteligentemente intui. Esta habilidade do orador é, justamente, aquilo que
persigo, como, de resto, V. Ex.ªs, que são Líderes, o devem fazer.
Mas, o meu intuito, Ilustre Ver. Antonio Hohlfeldt, não foi, absolutamente,
esvaziar em tempo os períodos de interferência dos oradores. V. Ex.ª sabe muito
bem que há oradores que aqui vêm e não abordam o tema. Ficam executando pot-pourri de músicas variadas em torno
de algo. V. Ex.ª não sabe onde ele quer concluir, às vezes nem ele. Por
exemplo, consegui esta vitória graças a intervenção desastrosa do meu ilustre
colega Ver. Isaac Ainhorn. Ele veio aqui para vencer-me e deu-me a vitória.
Desta tribuna, ele nada concluiu. Falou durante oito minutos e,
inexplicavelmente, não abordou o tema. É como dizem: o grande - e V. Ex.ªs
não pensem que vou citar uma página militar - Dwight Eisenhower foi o homem que
invadiu a Europa e deu ao povo do Ver. Isaac a liberdade.
A lista de Shindler repousa exatamente no
desembarque de Eisenhower. Em certo momento, ele entregou a um de seus homens,
um oficial de Estado maior, uma missão e disse: “Por obséquio, resuma seu plano
da tarefa que estou-lhe dando em uma página.” E conta a história que o oficial
respondeu: “Não é possível. Em uma página não posso fazê-lo.” “Então está
dispensado, porque quem não sintetiza uma operação em um página é incapaz de
executá-la.”
Logo, se um orador na tribuna não é capaz de, em
cinco minutos, dizer a que veio, impossibilitando a quase todos os Vereadores
virem para debater, receberem e darem apartes, possibilitarem este Plenário
fremir, palpitar, não se perder em torno de assuntos que a ninguém interessa,
exatamente como V. Ex.ª fez aqui e me deu a vitória.
Portanto, dispenso-me de prosseguir. O Plenário já
entendeu o que eu pretendi dizer, se é que não disse... Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a prorrogação desta Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam a
prorrogação permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Encerrados os encaminhamentos da Emenda nº 6, coloco-a em votação. Solicito ao Sr. 1º Secretário que proceda à chamada nominal.
(O Sr. 1º Secretário procede à chamada nominal.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
19 votos SIM e 11 votos NÃO, foi APROVADA a Emenda nº 6, ficando prejudicada a Emenda nº 41, que tem
o mesmo teor.
Em votação a Emenda 33, de autoria do Ver. Nereu
D’Ávila. O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar
contrariamente.
O SR. ISAAC
AINHORN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Exatamente, Ver. Lauro Hagemann, é dentro da
mesma linha que procura preservar os tempos de debate e de discussão dos
projetos desta Casa, que sustentou a manutenção dos oito minutos, que sustentou
os outros tempos na forma em que estavam é que nós, no momento, com todo o
respeito ao autor da proposição, estamos sustentando a necessidade de que a
discussão do projeto tenha dez minutos e não cinco minutos. Nós achamos que, no
momento da discussão do projeto, cinco minutos têm se revelado um tempo
extremamente exíguo.
Esta é a prática, e desafio qualquer Vereador, meu
colegas, meus companheiros de trabalho a sustentar o contrário. A gente sabe
que, no calor de uma discussão, de um debate de um projeto de relevância para a
Cidade, cinco minutos é um tempo muito exíguo para se defender teses, Ver.
Batista. Se os Senhores estivessem, porventura, no Congresso Nacional, se o
Ver. Pedro Américo Leal estivesse no Congresso Nacional, certamente iria
sustentar a eliminação da instituição do júri popular com os extensos debates
que lá se travam. Certamente, ele diria aquilo que pode ser dito em cinco minutos,
que não precisa de mais tempo, ou é dito ou não é dito, mas a experiência do
júri popular está aí para demonstrar que, na defesa das teses dos advogados, há
contestação, há réplica, há tréplica. E sabe disso o Ver. Jair Soares, que é
advogado, bacharel; sabe disso o Ver. Elói Guimarães, que também é bacharel e
advogado; mesmo, o Ver. Luiz Braz e tantos outros que são bacharéis, nesta
Casa.
Eu acho que, a prevalecer esta concepção de redução
de tempos, de simplificar o processo, vai representar um prejuízo da qualidade
do trabalho desempenhado pelos Srs. Vereadores. Temos que respeitar, é verdade,
pois nem todos são Vereadores de discussão em Plenário, isto é outra questão
que respeitamos. Há Vereadores que têm um trabalho melhor nas Comissões Permanentes
da Casa, outros têm trabalho de natureza comunitária. Nós respeitamos, mas
achamos que aqui, na discussão em Plenário do Legislativo, os prazos maiores
são fundamentais para um encaminhamento e uma solução melhor das questões dos
processos em Pauta e em discussão na Ordem do Dia, que é o derradeiro momento
em que o Vereador tem que debater e discutir, tentando demonstrar as suas
idéias. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Para
encaminhar a favor, com a palavra o Ver. Nereu D’Ávila.
O SR. NEREU
D’ÁVILA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. A Comissão composta por onze membros de todos os
partidos, estudou longamente o Regimento Interno, se debruçou horas e horas,
analisando prós e contras. Evidentemente, também lá dentro houve momentos de
indecisão e de amadurecimento. Nós propusemos alguns princípios gerais para a
Casa, não são questões residuais e localizadas. Não caíram de para-quedas essas
emendas, essas discussões. Esta que está sendo discutida é jurisprudência já na
Casa, da Legislatura anterior, para dar maior agilidade em Plenário, contrariou
o Regimento, houve consenso, inclusive no Orçamento, que é a principal peça de
discussão nessa Casa, houve pedido consensual entre os Vereadores, contrariando
o Regimento, para que fosse cinco minutos.
Então, um dos princípios básicos que a Comissão quis
estabelecer foi a agilidade, a maior oportunidade de mais Vereadores discutirem
as matérias.
Então, quando se quer este tipo de redução não é
para querer cassar, houve aqui este termo absurdo, paranóico, cassar
Vereadores, a Comissão quis é ampliar a participação de maior número de
Vereadores. E nesta, especificamente, não estou criando nada, estou apenas
confirmando aquilo que já é praxe na Casa, que a discussão fosse reduzida para
cinco minutos. Não é desta Legislatura a invenção, foi da outra, ou seja, é uma
exigência de que, na discussão, para que ela fluísse mais rápido, ficasse em
cinco minutos.
Então, vamos falar, claro, Srs. Vereadores! Está na
hora de nos darmos um corte muito forte de que se está querendo conduzir, de
que nós fôssemos uns irresponsáveis na Comissão e que estivéssemos aqui a podar
o direito de os Vereadores falarem ou diminuir a potencialidade da Casa.
Absolutamente! A Casa funciona melhor com mais gente falando menos tempo,
inclusive no Grande Expediente. Antes da Ordem do Dia, é o Plenário vazio, está
todo o mundo aí fora, esperando que as pessoas terminem da falar aqui. Esta é a
realidade! E muitos Vereadores que aqui vieram falar agora são eternos ausentes
desta Casa, ou querem colocar moral para vir aqui fazer discurso na hora
inoportuna? A Comissão tratou seriamente dos problemas.
Então, nós não estamos aqui com oportunismos e nem
casuísmos, nós estamos horas na Comissão, ininterruptamente. Temos autoridade moral
para discutir e para aperfeiçoar. É um absurdo que aquilo que a Casa tomou,
investindo contra o Regimento, diminuindo por si só de dez para cinco minutos a
discussão, agora fosse hipocritamente derrotado. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Encaminha
o Ver. Lauro Hagemann como autor do destaque.
O SR. LAURO
HAGEMANN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Eu até tinha desistido de discutir a Emenda, mas
em função do acaloramento dos debate, me julguei no dever de vir aqui. A Comissão
trabalhou proficientemente, ninguém está diminuindo isso, mas nós estamos aqui
até a esta hora da votação, amadurecendo as nossas decisões e julgando, até por
circunstâncias que não foram examinadas antes, alguns aspectos novos da
questão. Eu insisto em manter o texto original que é no máximo dez minutos,
porque exemplifico com um exemplo, usando uma redundância, com uma coisa muito
pequena: os Partidos que têm somente um Vereador nesta Casa seriam prejudicados
nesse processo, se fosse reduzido para cinco, porque tem um só representante e
teria uma vez cinco minutos para discutir. Os partidos maiores têm mais
Vereadores, podem até ceder o tempo de uns para outros. Então, nessa fase da
elaboração legislativa, seriam beneficiados. Eu acho que não há demérito
nenhum, nem acinte a nenhuma decisão anterior, que se mantenha o texto original
de, no máximo, até 10 minutos para discussão dos projetos no encaminhamento da
votação. Nós já temos reduzidos espaços em outros momentos da vida da Casa, já
reduzimos as Sessões Solenes, mas vamos manter a discussão dentro de um âmbito
razoável na hora da elaboração legislativa, que é o principal dever desta Casa.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a Emenda nº 33. A votação será nominal. (Após a chamada.) REJEITADA por 12 votos SIM e 18 votos NÃO.
Vamos votar a Emenda nº 63, de autoria do Ver. Airto Ferronato. (Lê a Emenda.) Com a palavra o Ver. Airto Ferronato para encaminhar.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, com todo o respeito que sempre devotei à Comissão
- e acredito que fez um trabalho brilhante -, estamos, aqui, numa fase de
discussão das propostas. Eu não tive oportunidade de ler, até por falha minha,
o parecer do porquê da rejeição da Emenda nº 63. Na redação do art. 170, nós
temos que: (Lê.) “O Líder poderá apresentar, para a mesma proposição, no máximo
duas Emendas”, e nós estamos dizendo que, durante a discussão geral, somente o
autor e o Líder poderão apresentar Emendas, no máximo duas cada um, por proposição.
Eu acredito na seguinte situação: é evidente que deve haver uma condensação de
propostas no final. Agora, nós não podemos tolher a possibilidade de o autor do
Projeto, durante a discussão, ouvir sugestões positivas. Ele fica tolhido de
apresentar Emendas à sua própria proposta. Ele é o autor do Projeto, e não
pode, na hora da votação, apresentar uma Emenda.
Portanto, eu acredito que é possível, sim, se
revisar este tipo de proposta, até porque ela vai melhorar a redação do nosso
Regimento, vai democratizar a redação do Regimento, e, o que é mais
aprofundado, é, normalmente, o autor do Projeto, que tem um estudo mais
detalhado desse tema. Então nós entendemos que é possível, sim, deixar-se que o
Líder apresente, mas não se tirar a possibilidade de o autor do Projeto
apresentar uma ou duas Emendas durante a discussão. Acho que isto é o mais
razoável, é o mais correto, é um avanço, até porque esse art. 170, da forma em
que está, manteve exatamente a redação que se tinha dado anteriormente. E eu
não sei por que houve uma posição contrária do parecer e da Comissão. Mas eu
respeito. Peço que votemos contrariamente à Comissão e favorável à Emenda.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a Emenda nº 63.
O SR. AIRTO
FERRONATO (Requerimento): Requeiro votação nominal.
O SR.
PRESIDENTE: Solicito
ao Sr. 1º Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores, para a
votação.
(O 1º Secretário
procede à chamada nominal dos Srs. Vereadores.)
O SR.
PRESIDENTE: Por
14 votos SIM e 9 votos NÃO, REJEITADA a Emenda nº 63.
Emenda nº 67. O Ver. Airto Ferronato está com a
palavra.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, não entendo por que esta posição contrária. Se foi
negada para o autor, Ver.ª Maria do Rosário, esta também vai ser negada, mas
vamos tentar expor novamente.
Vereadores têm apresentado Emendas importantes em
alguns aspectos. “Durante o período de votação o autor de emenda, ouvido o
plenário”, ou seja, este vai dizer “sim” ou “não”, “poderá encaminhar em
separado”. Muitas das emendas são complexas, não sendo discutidas
suficientemente durante o período de discussão da matéria, deixando-se de
aprovar emendas importantes para a Cidade. Se nem ao autor do projeto se
permite apresentar Emendas, façam a conta os terceiros. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a Emenda de nº 67. Os Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) REJEITADA, com a
manifestação de voto contra dos Vereadores Airto Ferronato, Nereu D’Ávila e
Lauro Hagemann.
Solicito aos Srs. Vereadores que não abandonem o
Plenário, pois temos que terminar a votação hoje e falta muito pouco. Estamos
para vencer esta etapa de votação. Precisamos sempre um número de dezessete
Srs. Vereadores, no mínimo, em Plenário.
Emenda de nº 24, de autoria do Ver. Jair Soares. (Lê
a Ementa da Emenda.)
Destaque solicitado pelo Ver. José Gomes. O relator
do destaque não está presente. Encaminha, contrariamente, o Ver. Antonio
Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, encaminho contrário à Emenda nº 24, do Ver. Jair
Soares, com todo o respeito ao Vereador, e vou colocar o exemplo de amanhã:
amanhã eu tenho um compromisso agendado há muito tempo, não posso estar
presente a esta Casa e houve uma decisão de última hora de que se realize uma
Sessão Extraordinária e eu acho que, por responsabilidade, não posso me afastar
e deixar faltando um Vereador nesta Casa quando tem matéria pertinente,
importante, que é a questão da FESC, para ser votada. Ora, se colocarmos que a
licença será de no mínimo de sete dias, das duas uma, ou vamos
institucionalizar a mentira, porque aí vou pedir licença de sete dias e volto
vinte e quatro horas depois - e quando eu volto, eu assumo. Ninguém pode me
impedir isto. Ou, evidentemente, ninguém mais vai tirar licença a não ser
quando da fato houver a licença dos sete dias. E com isto não vou dizer que
vamos ter falta de “quorum”, mas vamos ter o caso próprio Ver. Jair Soares, que
é o único representante do PFL, quando o Vereador, por uma ou por duas Sessões
tiver que se afastar, ele acaba não tirando a licença total e vai ficar um
buraco na representação parlamentar do PFL. Não seria o caso do Ver. Jair
Soares, nem da maioria desta Casa, mas nós já enfrentamos isso há alguns anos
na Casa. Nós vamos falsificar licença de saúde, para ninguém perder. E é fácil.
Todos nós sabemos. Infelizmente, qualquer um que chega lá embaixo pede a
licença e leva. Nós vamos onerar a Casa. Nós vamos pagar 34, 35, 36, por aí
afora.
Eu lembro isso, porque eu, na Presidência da Casa,
apresentei um Projeto de Lei, de Resolução da Mesa, que o Plenário todo aprovou
para minha alegria, que proibia a substituição dos CCs, porque nós tínhamos,
também, a indústria da licença de saúde em relação aos CCs. Em época de
campanha, inventava-se doença para ter a licença de saúde, e nós ficávamos nos
gabinetes, eventualmente, fazendo substituições. Não quero trazer isso,
comparar isso com a situação do Vereador, mas podemos correr esse risco, pois
já tivemos situações aqui. O Vereador tira uma falsa licença de saúde, e a Casa
começa a pagar 34, 35 ou 36. Eu tenho preocupação, sobretudo, com as pequenas
bancadas, porque a licença mínima dos 7 dias vai complicar a licença, quando
não impedir a licença, ou vai gerar uma série de mentiras, falsificações.
Por exemplo: eu tiro 7 e volto no seguinte, ou tiro
a licença de saúde para poder ficar ganhando enquanto o outro assume. Então, a
Câmara vai ter uma despesa, e isso prejudica a população de Porto Alegre.
Por esses motivos, então, sou contrário à emenda,
mas, evidentemente, gostaria de ouvir o Ver. Jair Soares, se ele fizer um
encaminhamento, no sentido de que se houver outras razões e outros argumentos,
eu não estou fechando a posição. V. Ex.ª me conhece. Se houver argumentos que
me sensibilizem, evidentemente, estou plenamente à disposição, e posso mudar o
meu posicionamento. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Jair Soares está com a palavra para encaminhar favorável.
O SR. JAIR
SOARES: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. A argumentação usada pelo Ver. Antonio Hohlfeldt
é exatamente a que eu vou usar, porque se amanhã V. Ex.ª não puder vir, V. Ex.ª
vai entrar com o pedido de licença para tratar de assuntos particulares, e vem
o seu suplente. Só vão perceber os trinta e três Vereadores. Na Assembléia
Legislativa, que muita gente não gosta de comparar, o Regimento Interno segue o
Regimento Interno da Câmara Federal, só é substituído - chamo a atenção para
dois casos que ocorrem no ano que passou, da licença do Dep. Renan Kurtz e da
licença do Dep. Carlos Araújo, que não foram substituídos porque a licença não
ultrapassou cento e vinte dias. Isto não é que existia aqui. Como nós queremos
transparência, é para evitar a indústria, como aconteceu, em casos esporádicos,
de até no mesmo dia o Vereador ter sido substituído, e eu não quis perguntar,
perquirir se os dois perceberam.
Queremos, com esta Emenda, moralizar, fazer com que,
aquele que precisa, nos termos do art. 218, inciso I, devidamente comprovado,
entrar em licença para tratamento de saúde, ele, se não ultrapassar os cento e
vinte dias, não será substituído. E a Casa pode funcionar com trinta e dois
Vereadores, como está funcionando agora, neste momento, e não terá, certamente,
nem maioria absoluta para votar as Emendas do nosso Regimento, porque se vê que
já estamos com deficiência de “quorum”. Mas isso não impede que a Casa esteja
trabalhando. O que é preciso é que nós que queremos... - e falo nas mesmas
condições de V. Ex.ªs, pois na minha Bancada é só um, quando tenho
que sair por necessidade, entro em licença para tratar de assuntos
particulares, já que não estou doente, ou então, recebo falta. Quem fala em
transparência, quem fala em moralidade, pelo amor de Deus, não pode votar contra
a Emenda que visa mostrar que esta Casa deseja trabalhar pela Cidade e não
trabalhar para si. Por isso eu introduzi esta Emenda. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Aviso
aos Srs. Vereadores que estamos a menos de sete votações para chegarmos ao
final deste processo. Peço paciência para permanecermos no Plenário a fim que
possamos vencer esta etapa.
Em votação a Emenda nº 24. A votação será nominal
(Após a chamada.) REJEITADA por 6
votos SIM, 19 votos NÃO.
Peço que retornemos à fl. 64. Há uma Emenda, nº 42,
destacada, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que dá nova redação ao “caput”
do art. 189 do Regimento, conforme segue: art. 189 - “As Sessões Solenes, no
máximo em número de duas mensais, somente serão realizadas nas terças e
sextas-feiras.” O parecer é pela rejeição.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA (Questão de Ordem): Um esclarecimento, Sr. Presidente, essa Emenda é
decorrência de outras que envolvem a questão de mudança das datas dos dias de
Sessões Legislativas. Existe uma proposta que prevê a mudança para terças,
quartas e quinta-feiras e outra que prevê a mudança só de sexta para
quinta-feira, que é a nossa. Se votarmos essa Emenda antes de decidirmos quais
os dias de Sessão, nós estaremos prejudicando a votação dos dias de Sessão.
Devemos votar em primeiro lugar, Sr. Presidente, qual a definição, se vamos
modificar as Sessões para terça, quarta ou quinta, se vamos modificar de sexta
para quinta ou se vamos manter.
O SR.
PRESIDENTE: Concordo
com V. Ex.ª. Retornamos depois à página nº 64 ou então V. Ex.ª retira o
destaque, caso vença a Emenda que modifique os dias da semana diferente
daqueles que estão propostos aqui.
Emenda nº 23 do Ver. Jair Soares. (Lê.)
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a situação é a mesma. Parece-me que
nós temos que ir direto na Emenda que, se não me engano, é do Ver. Nereu
D’Ávila e a minha.
O SR.
PRESIDENTE: A
Emenda nº 30 é do Ver. Nereu D’Ávila, que dá nova redação ao art. 146. (Lê.)
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, da mesma forma como procedemos na
situação anterior, em função de ser uma matéria polêmica, eu pediria que os
dois autores expusessem as razões das suas Emendas para depois fazermos a
votação, como fizemos na Emenda anterior, que também era polêmica, a de nº 44.
O SR. ISAAC
AINHORN (Questão de Ordem): A minha avaliação, Sr. Presidente, em realidade, o
que se busca, basicamente, é a
alteração do art. 146 do Regimento Interno que muda os dias das Sessões
Ordinárias. Conseqüentemente, entendo que temos que votar para desdobrar as
demais, a Emenda nº 30, de autoria do Ver. Nereu D’Ávila que dá nova redação ao
art. 146. Aprovada a Emenda nº 30, evidentemente, fica prejudicada a Emenda de
nº 22, do Ver. Jair Soares, porque ela tem uma outra conformação, em relação
aos dias das Sessões Ordinárias.
O SR.
PRESIDENTE: A
Emenda nº 22 do Ver. Jair Soares já está pela rejeição, e não foi destacada.
O SR. JOÃO
MOTTA (Questão de Ordem): Dessa forma incorrerá no problema levantado pelo Ver. Jocelin Azambuja
que tem uma outra proposta semelhante. Estou me convencendo, pelas Questões de
Ordem, que nesse caso teremos que fazer o mesmo procedimento daquele anterior
ao das Comissões, onde havia várias emendas, várias propostas que tinham
relação uma com a outra. Acho que deveremos abrir espaço para os autores e o
Plenário irá decidir.
O SR.
PRESIDENTE: Os
autores das Emendas prejudicadas terão direito ao encaminhamento, conforme já
fizemos em vezes anteriores.
O SR. ISAAC
AINHORN (Questão de Ordem): Vou insistir em que a Emenda do Ver. Nereu D’Ávila
seja prioritária, porque ela altera o artigo chave de nº 146, até porque a
Emenda do Ver. Jocelin Azambuja altera o artigo 148, que modifica a Sessão de
sexta-feira passando-a para quinta-feira. Então, pela ordem, deveríamos votar
inicialmente a Emenda ao artigo 146, até porque...
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a Emenda nº 30 que dá nova redação ao artigo 146.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA (Questão de Ordem): Parece-me que a questão se fundamenta nisto: ou se
modifica a Sessão de segunda-feira, passando-a para terça-feira, ou se modifica
a Sessão de sexta-feira passando-a para quinta-feira. Estou pedindo que, da
mesma forma como fizemos anteriormente, os dois autores se manifestem para
esclarecimento das suas proposições e que, posteriormente, fosse aceita a
votação. Uma não exclui a outra.
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação a Emenda nº 30, do Ver. Nereu D’Ávila, que dá nova redação ao art. 146
como segue. (Lê.) O Parecer é pela aprovação, com pedido de destaque do Ver.
Lauro Hagemann. O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra para encaminhar.
O SR. LAURO
HAGEMANN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, chegamos a um ponto crucial da definição do novo
Regimento da Casa. Na Comissão Especial que estudou o assunto, eu havia-me
manifestado contrário a qualquer alteração no calendário das Sessões da Casa,
que hoje são nas segundas, quartas e sextas-feiras, e não é nem por uma questão
de imagem externa que possa vir a refletir-se sobre a Casa: é também
considerando uma questão de infra-estrutura desta Casa, cuja direção
legislativa não tem a agilidade, a sustentação necessária para preparar Sessões
de um dia para o outro. Isso poderá ser suprido, no futuro, mas, hoje, é uma
alegação ponderável.
Outra coisa que me preocupou, talvez mais do que
isso: a realização das reuniões de Comissões nas segundas e sextas-feiras. Ora,
é um espaço muito grande entre uma reunião e outra. Por favor, vamos raciocinar
com sensatez. Reuniões de Comissões às sextas-feiras pela manhã, às 10h, é para
não fazer a reunião. Nós, os Vereadores mais antigos, conseguimos superar um
período muito grave nesta Casa, que foi a falta das reuniões das Comissões
Permanentes, cujos votos eram tomados pelos corredores, sem nenhum exame, sem
nenhuma discussão. Desde a Legislatura passada, nós conseguimos reverter essa
situação. Hoje, as reuniões das comissões permanentes são exemplares. É lá que
se discute o aspecto técnico das proposições. Claro que aqui no Plenário,
depois, muitos votos são discordante, é o voto político, mas as reuniões das
Comissões são muito importantes.
Nós já criamos até um certo hábito de às terças e
quintas, às 14h, nos reunirmos. Já está inserido no calendário de cada um, até
no relógio biológico das Vereadores. Alterar isso em nome da agilidade da Casa
não me parece uma medida muito adequada nesse instante. Portanto, permaneço com
minha idéia original de não se alterar. Podemos até verificar isso mais adiante
um pouco, mas de não se alterar hoje, repentinamente, de modo abrupto, as
reuniões da Casa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Questão
de Ordem com o Ver. Mário Fraga.
O SR. MÁRIO
FRAGA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, foi colocada, aqui, uma alternativa ou outra. Eu
entendi que não é assim, podem ser derrubadas as duas alternativas e permanece
como está.
O SR.
PRESIDENTE: Sim,
é claro, Ver. Mário Fraga.
A palavra com o Ver. João Motta para encaminhar a
Emenda nº 30.
O SR. JOÃO
MOTTA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, manifestei-me desde o primeiro momento favorável
a essa alteração. Acho que o argumento ou os argumentos fundamentais que me
levam a sustentar essa idéia de concentrar os trabalhos nas terças, quartas e
quintas-feiras, como é a proposta original, ou até mesmo avançar nesse sentido,
trabalhando uma outra Emenda que é a de segundas, quartas e quintas-feiras,
tenho como parâmetro e como referência o funcionamento da minha Comissão, ou
seja, a Comissão de Constituição e Justiça, e a nossa Comissão... e não é
nenhuma exacerbação o que eu vou falar aqui, mas eu a tenho como um parâmetro
de funcionamento para esse tipo de Legislativo, ou seja, que tem “x” Comissões
Permanentes, que tem trinta e três Vereadores, etc... A nossa Comissão,
regularmente, reúne-se às terças e quintas-feiras. Portanto quero aqui
descartar esse argumento, que muitas vezes se usa contra os parlamentos, de que
os parlamentos não trabalham. Nesta Casa isso não é verdade. Seria uma
injustiça se alguém afirmasse isso. Todos os processos passam pela Comissão de
Constituição e Justiça. Se a lógica de reforma desse Regimento é resgatar em
duas instâncias desse Legislativo, as instâncias fundamentais, e que devem ser
valorizadas, ou seja, o Plenário e as Comissões, nós temos que levar em conta,
sim, esses parâmetros, o funcionamento das Comissões. Nós não podemos pegar e
punir os Vereadores que trabalham obrigatoriamente, pela lógica do Legislativo,
como é na Comissão de Justiça, por exemplo, pelo funcionamento de outras
Comissões que atuam precariamente. O parâmetro de funcionamento das Comissões é
estabelecido através das mais ativas.
Portanto, não aceito este argumento. Não podemos ser
responsabilizados por Comissões que não funcionam. É obrigação deste Plenário,
inclusive, fazer avaliações críticas do funcionamento conjunto das Comissões.
Se, por exemplo, o Presidente de uma Comissão nunca está presente no horário de
abertura das reuniões, Ver. Isaac Ainhorn - o que não é o caso do Presidente da
nossa Comissão -, ele merece ser criticado pelo conjunto dos demais Vereadores.
Se for o caso, substituí-lo politicamente. É em cima deste referencial que
defendo que concentrar os trabalhos nas terças, quartas e quintas-feiras não é
expor a Câmara - Plenário e Comissões - a um desgaste de imagem. Ao contrário!
Só vamos reforçar a imagem do Legislativo trabalhando como a nossa Comissão
trabalha, rigorosamente, cumprindo com os prazos e não deixando pareceres e
projetos parados na Comissão.
Por isso, se o Legislativo funciona regularmente e
as Comissões trabalham e cumprem as pautas, não há críticas que resistam. É só
trabalhando mesmo e valorizando as principais instâncias da Câmara, que é o
Plenário e Comissões, que vamos combater esse tipo de crítica infundada sobre o
Parlamento. Mas, quando uma Comissão não funciona, tem que criticar mesmo!
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Sr. Antonio Hohlfeldt está com a palavra.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, lembro que nas discussões preliminares desse
Projeto fui, provavelmente, o primeiro Vereador a deixar bem clara a minha
posição. Sou radicalmente contrário a qualquer alteração na ordem dos dias das
Sessões Plenárias aqui da Casa. São vários os motivos, quase todos eles já
foram colocados aqui. Um dos motivos é a questão da Diretoria Legislativa, vai
haver um grande acúmulo de trabalhos, nós sabemos que no segundo semestre o
volume de projetos tende a aumentar, haverá um equilíbrio nos trabalhos da
Casa.
Em segundo lugar, é um problema político nosso, a
nossa função decorre de negociações, às vezes precisamos de mais de vinte e
quatro horas para chegarmos ao termo dessas negociações. Precisamos ter contato
com o executivo, precisamos de tempo para não corrermos o risco de adiarmos
muito as Sessões, ficando ridículos os adiamentos.
Em terceiro lugar vem o que me preocupa mais. Nós
sabemos que a política e os políticos estão com uma má imagem na opinião
pública, de modo geral fala-se mal não do Executivo, mas do Legislativo. Nós
somos o Legislativo, essa mudança tergiversa sobre a questão que interessa à
maioria desta Casa, que é a campanha eleitoral. Justa? Talvez seja; fui eleito
dentro de uma prática determinada, que não é imutável, mas que eu não gostaria
de mudar sob uma perspectiva interesseira e imediata. Por coerência, da mesma
forma que eu defendi o direito de o Vereador tirar licença por vinte e quatro
horas, e esta Casa manteve isso, eu mantenho a obrigação de o Vereador que
quiser fazer campanha no interior que se licencie para assunto particular e vá
fazer a sua campanha. Que não se misturem as questões particulares de cada um
de nós, dentro da nossa carreira política, com as questões da nossa
representação. A maioria dos que aqui estão já viveu uma campanha eleitoral,
uma boa agenda, uma boa organização, nós conseguimos fazer as nossas viagens.
Nós temos tempo suficiente para cumprir a nossa agenda na sexta de tarde, na
sexta de noite, no sábado, no domingo, na segunda de manhã e estarmos aqui de
novo na segunda de tarde. É tempo suficiente. Eu diria, parodiando o Ver. Elói
Guimarães, quem não fizer campanha em três dias, não faz em quatro ou cinco.
Portanto, não há realmente motivo para nós mudarmos
o Regimento. Quem não ganhar em três dias, não vai ganhar em quatro ou cinco.
Portanto, contra todas as emendas e a favor da manutenção do Projeto de
Regimento tal como se encontra. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT (Questão de Ordem): Eu peço perdão a V. Ex.ª, mas eu não queria fazer a
Questão de Ordem na tribuna. Eu tenho uma dúvida que é a seguinte: há aqui uma
orientação da Diretoria Legislativa de que, rejeitada esta Emenda prejudicaria
a 39. Por outro lado, diz que a apreciação da Emenda 30, aprovada, nós
chegaremos a votar a 31 e a 32 e que depois, se aprovadas, prejudicaria a 39.
Eu tenho um entendimento de que aprovada a 30 prejudica a 39.
O SR.
PRESIDENTE: Antes
de V. Ex.ª prosseguir, esta folha foi substituída porque houve um erro da
Diretoria Legislativa quando incluiu esta folha. Então, tem uma substituição. A
folha que orienta já é uma outra. No entendimento da Diretoria Legislativa a 30
não prejudica a 39.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT: No
meu entendimento, aprovada ou rejeitada, prejudicada a 39. Eu deixo apenas
registrada aqui a minha concordância.
O SR.
PRESIDENTE: Srs.
Vereadores, este Plenário está com nota dez, mas acontece que nós temos apenas
mais uma hora para vencermos toda a votação final. Nós temos, é claro, poucas
emendas, poucos destaques, mas eu pediria que fizéssemos os encaminhamentos o
mais rápido possível para que possamos vencer toda a matéria hoje, de acordo
com o Regimento.
Em votação a Emenda nº 30. A votação será nominal.
(Após a chamada.) REJEITADA por 6
votos SIM, 20 votos NÃO. Ficam prejudicadas as Emendas nºs
18, 22, 23, 29, 34 e 31, esta parcialmente, e também as Subemendas nº 1 às
Emendas nºs 23, 30 e 31.
Vamos ao destaque da Emenda nº 31, que está
prejudicada no “caput”. (Lê a Emenda nº 31.)
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT (Questão de Ordem): Essas emendas que tocam no período da Tribuna
Popular estão modificando o Regimento Interno, porém, elas chocam-se
frontalmente com a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, porque reduzem a
aplicação da Lei Orgânica. Uma lei menor não pode reduzir uma lei maior. Nós
não temos condições legais de votar essas emendas, porque vão contra a Lei
Orgânica.
O SR. PRESIDENTE:
Qualquer
matéria votada, hoje, nesta Casa, e que entrar em choque com a Lei Orgânica do
Município não terá validade. O Regimento Interno desta Casa não pode entrar em
contradição com a Lei Orgânica.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT (Questão de Ordem): Vou ler o art. 100 de Lei Orgânica. “Fica instituída
a Tribuna Popular nas sessões plenárias ordinárias e extraordinárias da Câmara
Municipal.” Esta Emenda pretende reduzir a Tribuna Popular, isso não pode.
O SR.
PRESIDENTE: Repito,
qualquer matéria votada, hoje, que entrar em choque com a Lei Orgânica do
Município não terá validade.
O SR. NEREU
D’ÁVILA (Questão de Ordem): A Emenda 147, no seu “caput”, foi prejudicada. No
inciso I, ela fica ligada à Subemenda nº 1, que é da Comissão Especial, onde
antes da luminosa descoberta dos Vereadores Décio Schauren e Antonio Hohlfeldt,
dois luminares expoentes da jurisdicidade da Câmara, a Comissão Especial também
notou isso e alterou, fazendo voltar a Tribuna Popular e Explicação Pessoal. O
ensejo da Emenda, se for aprovada esta segunda parte, fará voltar a Tribuna
Popular, porque a Subemenda estará, automaticamente, aprovada também. O que
quero defender, isso sim, é para se dar prioridade à Ordem do Dia, para não
ficar o Grande Expediente, como tem ficado até agora, às moscas. Isso é outra
questão.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT (Questão de Ordem): Sr. Presidente, o Ver. Nereu D’Ávila gosta muito de
dar lição a outros Vereadores com ironia, o que agradeço. Não gosto deste tipo
de tratamento, porque não o trato assim. Quero lembrar à Casa, sem ironias, que
mesmo que a Comissão Especial tenha modificado, esse Plenário não pode votar
matéria contrária à Lei Orgânica. Quanto ao demais, nada contra. Discussão em
aberto. Agora, a questão da Tribuna Popular não pode entrar em discussão, pois
é uma Lei menor que estamos votando. A mim não me preocupa se a Comissão
Especial corrigiu, porque estamos com o destaque do Ver. Lauro Hagemann,
discutindo a matéria, e não deveríamos discuti-la no que tange à Tribuna
Popular. Insisto, portanto, na minha questão de ordem.
O SR. NEREU
D’ÁVILA (Questão de Ordem): Sou obrigado a insistir na minha, Sr. Presidente.
Nós estamos discutindo a segunda parte, que está ligada à Subemenda. Se for
rejeitada, está rejeitada; se for aprovada, a Subemenda está aprovada. Nós não
estamos contrariando a Lei Orgânica. A Tribuna Popular está sendo discutida por
tabela.
O SR.
PRESIDENTE: Vou
tranqüilizar os Senhores Vereadores. A Diretoria Legislativa, quando estiver
compondo, finalmente, o Regimento Interno, com as Emendas que forem aprovadas,
e as Subemendas, estará tendo o cuidado de não tocar na Lei Orgânica do
Município, e os Vereadores compreenderão que, mesmo uma emenda aprovada nesta
Casa, e que estiver contrária à Lei Orgânica do Município, ela terá que ficar
de fora. A Diretoria Legislativa me informa que não pode ser feito isso, e diz
que qualquer emenda que for aprovada aqui, contrária à Lei Orgânica do
Município, terá, na verdade, que ser rejeitada. Nós estaremos votando,
distraidamente. Uma matéria que for contrária à Lei Orgânica, deverá ser
considerada como uma matéria rejeitada. É o que podemos fazer, pois muitas
vezes, aqui, vamos votar uma matéria que, de maneira distraída, o Plenário vai
votar e pode prejudicar a Lei Orgânica de Município. E nós não podemos conceber
que isso aconteça. Essa matéria estará considerada rejeitada pelo Plenário,
simplesmente.
Com a palavra o Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT (Questão de Ordem): Sr. Vereador, respeitosamente, nós não estaremos
distraidamente; nós estamos discutindo a questão. E acho que não é a Diretoria
Legislativa que tem que responder isto e, sim, a Auditoria da Casa,
respeitosamente; é para isso que ela existe. Este tipo de matéria não poderia
ter sido, sequer, examinada na Comissão Especial, ao examinar este tipo de
matéria, ferindo a Lei Orgânica.
O SR.
PRESIDENTE: Ver.
Antonio Hohlfeldt. Eu disse que qualquer matéria que contraria a Lei Orgânica,
mesmo que o Plenário esteja aprovando, nós temos que considerá-la rejeitada
pelo Plenário. Porque nós não podemos fazer um Regimento Interno que seja
contrário à Lei Orgânica do Município. Seria uma aberração. Estamos tentando
fazer um Regimento que possa, realmente, conduzir a todos nós para que nós
possamos ter, aqui, Sessões melhores.
Com a palavra o Ver. Clovis Ilgenfritz.
O SR. CLOVIS
ILGENFRITZ: Sr.
Presidente. Eu imagino que essa matéria não vá ser dispensada da redação final
porque no momento em que a redação final voltar a este Plenário, seguramente,
através da Assessoria Legislativa e da própria Auditoria, será matéria que
tenha sido rejeitada em função dessa contradição. Parece que, nesse momento vai
haver justificativa de por que rejeitar tal matéria. Colide com a Lei Orgânica,
rejeitada. Eu quero dizer, com isto, que nós não estaríamos correndo perigo.
O SR.
PRESIDENTE: Não
vamos dispensar a votação da redação final e vamos votar a redação final
podendo adequar o Regimento àquilo que diz a Lei Orgânica.
Com a palavra o Ver. Nereu D’Ávila para encaminhar a
Emenda nº 31, em sua parte não prejudicada, a favor.
O SR. NEREU
D’ÁVILA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Respeito, humildemente, a decisão do Plenário que
pela segunda vez consecutiva, pois já na outra Legislatura quando o Ver. Lauro
Hagemann foi relator-geral de uma emenda ao Regimento, o Plenário não aceitou
na Legislatura passada a minha emenda de Sessões às terças, quartas e quintas.
Agora, novamente, o Plenário rejeita por grande e larga maioria, o que quer
dizer que está rejeitado.
Agora, o que eu falava em outra oportunidade, a
intenção sempre foi de dinamizar, a própria comissão teve essa intenção. Fiquei
perplexo e agora vou ficar atento, aliás é obrigação ser atento, a qualquer
discussão deste Plenário, quando quiser reduzir de dez para cinco minutos o
tempo de discussão. Porque achei uma incongruência termos reduzido de dez para
cinco minutos e agora a emenda ser rejeitada. Era o que todos desejavam, eu
pensava que era aquilo.
Agora, quero dizer aos meus ilustres Pares que a
intenção dessa emenda é aquela de que existe uma coisa principal nesta Casa,
ela se chama Legislativo, é legislar, estou dizendo o óbvio. E dentro desta
condição de legislar, creio, e a prática tem demonstrado, porque procuro ser
pragmático, quando se fala aqui em Grande Expediente, antes da Ordem do Dia, o
Plenário fica às moscas. Normalmente, não se ouve aqui o que os Vereadores
estão falando em Grande Expediente. Não é culpa de ninguém. Acho que é a
dinâmica da Casa.
Então, nessa emenda se quer, respeitando a Tribuna
Popular - que repito foi um lapso na redação e que a Comissão Especial, atenta,
recolocou a Tribuna Popular que é da Lei Orgânica, porque ela é a lei maior -,
a intenção é a seguinte: que primeiro seja a Pauta; segundo, a Tribuna Popular;
Terceiro, Pauta; Quarto, a Ordem do Dia; quinto, o Grande Expediente; sexto,
Comunicações; sétimo, Explicação Pessoal. Portanto, não está-se eliminando a
Explicação Pessoal, o Grande Expediente, está-se invertendo apenas, pela
praticidade, ou seja, chegamos aqui à nossa obrigação, que é votar a Ordem do
Dia, discutir a Pauta, que são aquelas matérias que virão a Plenário. E depois
a Ordem do Dia que é a nossa principal obrigação. E se a discussão da Ordem do
Dia for até às 8h da noite, não importa, porque estaremos discutindo o
principal e não o acessório.
O que acontece? Sr. Presidente, tem-se pedido
reiteradas vezes a inversão, por quê? Para colocar a Ordem do Dia, porque um
outro Vereador tem interesse na Ordem do Dia por um projeto seu, ou o Executivo
também tem interesse. Ora, se a prática é essa, por que não passar à realidade?
Era isso, Srs. Vereadores, apenas para tentar colocar aquilo que é o principal,
diferente de acessório.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Encaminha,
a Emenda nº 31, o Ver. Jocelin Azambuja.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Entendemos a intenção positiva do nobre Ver.
Nereu D’Ávila, mas temos uma preocupação muito grande em relação a essa
questão, porque temos que analisar a questão prática do Plenário no dia-a-dia.
O que tem demonstrado, no Plenário, é que o Grande Expediente mantido antes da
Ordem do Dia, ele sempre traz uma atenção muito especial por parte dos
Vereadores. A realidade tem-se mostrado a seguinte: depois da Ordem do Dia é
difícil manter-se o “quorum” neste Plenário e temos aqui o exemplo, agora
mesmo, pois é uma Sessão fundamental, como a do Regimento, pela aprovação, e já
constatamos que um grande número de Vereadores já saíram para outras
atividades. Imaginem, Srs. Vereadores, nós começando as Sessões em dia em que
tenhamos Ordem do Dia pequena, sem muitos projetos a serem discutidos e de
repente às 15h a Sessão ser encerrada, porque aí não teremos mais “quorum” para
o Grande Expediente, Comunicações e tudo mais. Isso, me parece que vai depor muito contra o nosso Legislativo. Acho
que o Ver. Nereu D’Ávila tem razão se a realidade fosse outra, mas eu que tenho
por norma ficar do início da Sessão até o término aqui, tenho observado até que
no final das Sessões ficam quatro, cinco, seis Vereadores e até, muitas vezes,
por uma questão de delicadeza com o colega se ouve o colega mesmo sem ter
quórum.
Então, me parece que seria uma certa leviandade
nossa, de repente, colocarmos o Grande Expediente depois da Ordem do Dia.
Aquilo que fizemos agora dando espaço para os Vereadores falarem em maior número, passando para oito Vereadores
falarem em oito minutos cada um, nós vamos perder depois, se invertermos esta
posição do Grande Expediente com a Ordem do Dia. Em outra realidade, fecharia
plenamente com a proposta do Ver. Nereu D’Ávila, mas pela realidade que vi no
meu primeiro ano de mandato, e neste segundo ano, prefiro manter a Ordem do Dia
e não passar a vergonha de terminar uma Sessão às 15h ou às 9h30min.
Nós temos que ter consciência da nossa realidade, e
a nossa realidade que tem se mostrado é essa: passou a Ordem do Dia e a maior
parte dos Vereadores deslocam-se para outras atividades. Eu sei que todos têm
compromissos, têm audiências com Secretários e tudo mais, e o pessoal aproveita
esse tempo para fazer isso. Mas, na verdade, nós precisamos manter o Grande
Expediente até para termos um período de debate mais acirrado e com a atenção
da maioria dos Vereadores desta Casa, porque os assuntos do Grande Expediente
são importantíssimos nas discussões. E a Ordem do Dia é fundamental, mas o
debate também em uma Casa política é essencial e não podemos abrir mão disso.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação nominal a Emenda nº 31. (Após a chamada.) REJEITADA por 9 votos SIM,
15 votos NÃO e 1 ABSTENÇÃO. Portanto, prejudicada a
Subemenda nº 1.
O SR. JOSÉ
GOMES (Questão de Ordem): Eu pergunto, Sr. Presidente, se estão prejudicadas as Emendas de nº 2 e
18?
O SR.
PRESIDENTE: As
duas estão no bloco da rejeição. Vamos para a 32, que está na página 93.
O SR. NEREU
D’ÁVILA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu creio que a 32 está prejudicada.
O SR.
PRESIDENTE: É
que existe a possibilidade de termos Sessões às segundas, quartas e
quintas-feiras, porque tem uma proposta.
O SR. NEREU
D’ÁVILA (Questão de Ordem): O espírito da minha Emenda era terça, quarta e
quinta. Agora, eu pensei que esta estaria prejudicada, mas tem um porém, que é
o seguinte: esta Emenda teve a aprovação da Comissão Especial, e a do Ver.
Jocelin, que teve a mesma redação, teve a rejeição. Então aí eu creio que a
minha tem prioridade.
O SR. PRESIDENTE: Dá nova redação ao art. 148,
como segue: Art. 148. (Lê o art. 148, da Emenda 39, página 94.)
O SR. JOCELIN AZAMBUJA
(Questão de Ordem): Por que foram aceitas duas Emendas com o mesmo conteúdo?
O SR. PRESIDENTE: Este é um problema da
Comissão.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: O engraçado é que uma é pela
aprovação e a outra é pela rejeição, com o mesmo conteúdo.
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda nº 32. O Ver. Lauro Hagemann
está com a palavra para encaminhar.
O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, não vou-me alongar, vou dizer apenas que, pelas mesmas razões que
eu já expus, essa Emenda no Ver. Jocelin, com todo o respeito, também deve ser
rejeitada, para que nós fiquemos como está hoje, com as reuniões nas segundas,
quartas e sextas-feiras, no horário habitual, porque vai-se dar a mesma coisa
que haveria se as reuniões fossem concentradas nas terças, quartas e quintas.
Às quartas e quintas, não vai haver tempo suficiente para a preparação das
Sessões. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Nereu D’Ávila está
com a palavra, para encaminhar favoravelmente.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, como o Ver. Lauro Hagemann não foi contrário à Emenda 32 e sim à
39, do Ver. Jocelin Azambuja, eu tenho ânimo agora de defendê-la melhor.
Acontece o seguinte: eu me dei conta, aliás, a realidade também, posso até
estar, mais uma vez, chovendo no molhado, é que as Sessões de sextas-feiras,
que esta Emenda pretende substituir, não têm cumprido o horário que é
estabelecido pelo artigo 146, que são quatro horas de Sessão. O início da
Sessão de sexta-feira está marcado para às 9h e normalmente não passa do
meio-dia. Então, nós temos trabalhado três horas às sextas-feiras. Se for
quinta-feira serão as mesmas Sessões de segundas-feiras e quartas-feiras, de
quatro horas. Esta é a primeira questão.
A segunda questão é que, não sei se por coincidência ou por
deliberação, tem-se colocado, sempre nas sextas-feiras, pessoas ou entidades
que vêm para cá debater com os Vereadores. Foi o caso da Petrobrás, foi o caso
do Hélio Corbelini, que ficaram a manhã toda. A visita do Dr. Hélio Corbelini,
eu marquei, ele saiu daqui às 11h15min da manhã, acabou a Sessão. Então,
sexta-feira é uma bela Sessão de fantasia.
Eu me propus a apoiar a Emenda do Ver. Jocelin Azambuja sem saber que,
isoladamente, a minha poderia ser aproveitada. Aqueles conservadores que
votaram contra às terças, quartas-feiras, porque a imprensa iria chamar a
atenção - já estava chamando - que nós iríamos deixar as segundas e
sextas-feiras para os candidatos irem ao interior do Estado, ou para aumentar o
fim-de-semana, isso já está eliminado, eles podem ficar tranqüilos, não vai
haver problema, porque as de segundas e quartas-feiras já estão estabelecidas.
Quero dizer que, se for nas quintas-feiras, nós vamos trabalhar mais, porque
elas serão de quatro horas. Então, esta Emenda da mudança para terça e quarta,
ela se fortalece. Neste teor, eu creio que poderemos mudar apenas uma parte dos
nossos trabalhos, em vez da mudança radical de terça-feira, quarta-feira e
quinta-feira, nós ficaremos segundas-feiras e quartas-feiras, como já estamos,
e, ao invés de sexta-feira de manhã, quinta-feira à tarde. Aí, as Comissões
passarão para sexta-feira, no que não vejo nenhum prejuízo para ninguém. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal a Emenda
nº 32. (Após a chamada.) REJEITADA
por 11 votos SIM e 14 votos NÃO. Prejudicada a Emenda nº 39, de
autoria do Ver. Jocelin Azambuja.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT
(Questão de Ordem): Sr. Presidente na página 96, tinha a Emenda nº 34, do Ver. Nereu
D’Ávila, destacada pelo Ver. Lauro Hagemann.
O SR. PRESIDENTE: Foi prejudicada pela
aprovação da Emenda nº 30.
A Mesa coloca em votação em globo as Emendas e Subemendas que não foram
destacadas e tem Parecer favorável da Comissão. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS as Emendas nºs 5, 46, 47, 37, 51, 48, 17, 53, 54, 59, 60,
01, 49, 62, 69, 43, 12, 55, 56, 11, 64 e 50 e as Subemendas nºs 1 às Emendas
nºs 01, 06, 12 e 37.
Em votação a Emenda nº 40, destacada pelo Ver. Jocelin Azambuja. O Ver.
Jocelin Azambuja está com a palavra para encaminhar.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Eu mantive o destaque, porque um dos problemas que nós temos é o de
vir a Plenário, muitas vezes, e receber as matérias que vão ser discutidas em
cima da Pauta. Fica difícil de poder-se aprofundar melhor a discussão. Nós
estamos modificando de 48h para 72h, para que dê mais tempo para que possamos
melhor analisar os projetos que virão à votação. Essa é a questão fundamental,
por isso que nós pedimos a atenção dos Srs. Vereadores, para ver se, pelo
menos, nós possamos receber com mais antecedência, para não acontecer o que
aconteceu hoje, que recebemos na véspera. Parece-me que não se justifica, a não
ser em casos extraordinários, 72h nos dá tempo de ver a matéria e vir a
Plenário tranqüilo para votar. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal a Emenda
nº 40. (Após a chamada.) REJEITADA
por 3 votos SIM, 20 votos NÃO e 1 ABSTENÇÃO.
Colocamos em votação, em bloco, as Emendas que tem parecer pela
rejeição. Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) REJEITADAS as Emendas nºs 68, 45, 04,
35, 42, 25, 36, 20, 26, 70, 03, 71, 02, 19 e 08 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº
04, com abstenção do Ver. Isaac
Ainhorn.
O Ver. Milton Zuanazzi requer que seja adiada a discussão do PLL nº
127/93, Processo 2454/93, por uma
Sessão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. LAURO HAGEMANN
(Questão de Ordem): Quero-me congratular com o trabalho da Direção Legislativa da Casa que
possibilitou que chegássemos, às 20h, ou quase, votando matéria tão complexa
como essa.
O SR. PRESIDENTE: Está encerrada a Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 19h49min.)
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